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Análise | Café com Jornal

Matinal da Band mistura rádio com jornal de rua, mas repete muito

Reprodução/Band

Luiz Megale e Aline Medlej no estúdio do Café com Jornal às 8h24 da última quinta-feira - Reprodução/Band

Luiz Megale e Aline Medlej no estúdio do Café com Jornal às 8h24 da última quinta-feira

DANIEL CASTRO

Publicado em 25/5/2014 - 11h24

Há três semanas no ar, Café com Jornal não chega a exalar um aroma totalmente novo. Não reinventa roda nenhuma. Mas é um marco no jornalismo da Band. A novidade é que a emissora está conseguindo rejuvenescer, fazendo um telejornal ao mesmo tempo arrojado e popular. É uma mistura de rádio com jornal distribuído gratuitamente no semáforo: traz um design moderno, é rápido e tenta agradar tanto ao passageiro do ônibus quanto ao dono da BMW.

O conteúdo é inevitavelmente repetitivo e local, afinal o programa dura três horas (das 6h às 9h), e somente a última hora é nacional. "A gente parte do princípio que ninguém passa três horas assistindo ao jornal", diz André Luiz Costa, diretor-executivo de jornalismo. "Tem a ver com a estratégia de audiência. Tem uma similaridade com o rádio e estamos pesquisando a média de permanência do telespectador", afirma Diego Guebel, diretor-geral de conteúdo. 

O Café com Jornal se apoia no local, na prestação de serviço e na opinião. Trânsito, tempo, transportes coletivos, coleta de lixo, enfim, assuntos urbanos dominam a pauta. O rádio faz isso há décadas. A embalagem é que é diferente. E há personalidade plástica e editorial. Após um "top 10" de imagens (um videotape com as dez imagens que marcaram as últimas horas, sem texto), o apresentador comenta que foi "na verdade um top top no cidadão", fazendo gesto sutil com as mãos que indica que alguém se ferrou. Referia-se aos transtornos sofridos pelo paulistano com a greve de motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo, na semana passada. Um eficiente editorial em cinco segundos.

Outro ponto interessante do telejornal são as intervenções de Ricardo Boechat. O âncora do Jornal da Band entra em um estúdio de rádio, o da Band News FM, e faz um programa de rádio: não veste terno, está sem maquiagem e às vezes come iogurte ou uma pera. Boechat surge no momento em que faz uma reflexão em seu programa de rádio e quando conversa por telefone com José Simão.

Os apresentadores _Luiz Megale e Aline Midlej_ são jovens e às vezes se atropelam um ao outro, mas dão conta do recado. Megale tem ótimas tiradas. O "top top no cidadão" é dele. Fora da bancada, os dois apresentadores gravam uma "competição" pelo maior descaso público (como o maior buraco de rua, amontoado de lixo etc). Ninguém ganha, só o contribuinte que perde.

O cenário se inspira em uma mesa de café da manhã (dentro de uma redação de TV). Durante a semana, reveza um grupo de colunistas que vão de Rosely Sayão (educação dos filhos) a Camila Hirsch (bem estar). Repórteres das rádios do grupo Bandeirantes entram com vídeos de celular. O telespectador participa via redes sociais e enviando fotos e vídeos amadores.

"A gente queria lançar um jornal que fosse um avanço na linguagem, fugir do modelo clássico, estabelecer uma conversa direta com o telespectador", conceitua Costa, o diretor-executivo. 

Provavelmente, o telespectador não percebeu tanto avanço assim, mas está gostando da novidade. A audiência da Band no horário cresceu um décimo de ponto no Ibope por semana. Parece pouco, mas não é. Foi de 0,5 para 0,8 ponto na Grande SP, um espetacular crescimento de 60%.

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