PARA 2026
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Walcyr Carrasco no Conversa com Bial; autor trabalha em sinopse para uma nova novela das nove
Walcyr Carrasco confirmou que trabalha na sinopse de uma nova novela das nove. Em entrevista ao Conversa com Bial de quarta (23), o autor explicou que escreveu apenas os 30 primeiros capítulos de Êta Mundo Melhor!, próxima trama da faixa das seis, e agora desenvolve um folhetim inédito para o horário nobre da Globo.
O dramaturgo será responsável pela história que vai substituir Três Graças em 2026. A trama de Aguinaldo Silva tem previsão de ir ao ar na Globo em outubro deste ano, logo após o fim de Vale Tudo.
Ele já deixou Êta Mundo Melhor! nas mãos de Mauro Wilson, que ficará encarregado de concluir a trama. Agora, ele trabalha em uma sinopse inédita para oferecer para a faixa das nove.
Um dos detalhes que o veterano deixou escapar sobre a nova novela é o fato de que usa inteligência artificial para inspirar alguns personagens. "Agora que estou fazendo uma sinopse, eu vou buscar alguns personagens lá [na IA], e talvez depois eu vou reescrever e fazer outra coisa", confessou.
Ele também contou como seu processo é totalmente inspirado em coisas rotineiras que acontecem em sua vida. "Eu sou mais chegado em ouvir o cara da banca de jornal, o barbeiro, as pessoas simples que me cercam. O que elas falam, às vezes uma frase, é uma novela inteira. Porque é o que elas sentem do mundo", explicou no talk show de Pedro Bial.
"Quando eu fiz Amor à Vida [2013], o Félix era um personagem vilão com certo humor, e eu senti que as pessoas estavam começando a gostar do Félix. 'Será que ele é tão mal assim?'. E eu falei: vou dar um jeito nesse vilão, e dei. Ele virou herói da trama", afirmou.
A trama de Walcyr Carrasco surge pouco tempo depois de a Globo descartar uma novela de Gloria Perez, o que resultou na demissão da autora. Chamado de Rosa dos Ventos, o folhetim foi rejeitado por ter sido considerado um "trabalho ruim", "pouco criativo, com repetição de histórias recentes" e "uma mistura de Travessia com Mania de Você", de acordo com pareceres elaborados por profissionais que assessoram a área de teledramaturgia.
O veto à produção fez com que a autora se recusasse a renovar contrato com a emissora, onde trabalhava desde 1979 e tinha um vínculo fixo desde 1990.
A novelista afirmou que a Globo pediu que ela "contornasse [alguns pontos], descartando o aborto", um tema sensível e que aparece pouco no horário nobre. "Era impossível atender: o aborto é o ponto de partida da história, tudo o mais ocorre a partir dele, todas as tramas paralelas se relacionam a ele. Tirar o aborto era tirar o macaco do King Kong", disse ao Estadão.
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