Vento frio e selfie debaixo d'água: Como é sobreviver a um furacão na ficção?

Exaustas e ensopadas, as três protagonistas de Salve-se Quem Puder confessam nunca ter imaginado que ia ser tão difícil sobreviver a um furacão, mesmo na ficção. Entre o vento frio e a água na cara durante as gravações das cenas que serão exibidas na novela, o trio ainda teve de encontrar tempo para uma foto com o autor Daniel Ortiz.

"Ele apareceu do nada na piscina, tirou um celular de dentro da roupa de neoprene e falou para fazermos uma selfie", relembra Deborah Secco ao Notícias da TV. Intérprete de Alexia, a artista divide o posto de mocinha da nova trama das sete da Globo com Juliana Paiva e Vitória Strada.

A sequência de tempestade levou quase um ano para ser produzida, com a participação de cerca de 60 profissionais. "As atrizes gravaram quase um mês debaixo d'água. O risco de alguma delas pegar uma pneumonia e atrasar o cronograma era grande", confessa o novelista.

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Uma das partes mais complicadas de todo o processo foram os cinco dias de gravação em uma piscina de ondas de um parque aquático no Rio de Janeiro. O entorno da locação recebeu um chroma-key de seis metros de altura por 120 de comprimento para inclusão de imagens da cidade de Cancún, no México, por computação gráfica.

"A gente teve momentos difíceis, foram semanas muito molhadas, mas eu confesso que voltei para casa no primeiro dia chorando de emoção. Estou realizando o meu maior sonho de criança e me sentindo em Hollywood", conta Deborah.

JOÃO MIGUEL JUNIOR/TV GLOBO

Kyra (Vitoria Strada) e Alexia (Deborah Secco) tentam escapar vivas de tempestade tropical

Ponta-cabeça

A intérprete de Alexia revela que um de seus perrengues favoritos foi ficar de cabeça para baixo ao gravar as cenas do acidente de carro que será provocado por Renzo (Rafael Cardoso) no capítulo da próxima quinta-feira (30). "Eu me senti em um brinquedo da Disney que vai levando a gente por um passeio por vários efeitos especiais", confidencia a atriz.

As sequências que exigiram maior força física ficaram por conta de Juliana Paiva, já que Luna se perderá das colegas durante o temporal ao ser levada por ondas vindas do mar e uma correnteza que invadirá as ruas da cidade. Ela será salva por Téo (Felipe Simas), que se tornará um de seus interesses amorosos durante o folhetim.

"Quando a gente vê toda essa estrutura, dá um gás maior, parece que sente frio como o personagem, que entrou dentro mesmo de um furacão", explica Juliana. 

JOÃO MIGUEL JUNIOR/TV GLOBO

Luna (Juliana Paiva) se perde das colegas ao ser levada pelas águas no folhetim das sete

A maior dificuldade para Vitória foi a falta de referências visuais durante a gravação, já que boa parte dos objetos e cenários foi adicionado na pós-produção. "A gente tinha que imaginar tudo, porque não era nada real, só tinha uma árvore e as pessoas colocando o vento na nossa direção", rememora.

Fred Mayrink, diretor artístico da novela, considera que o projeto foi um dos maiores investimentos da emissora em computação gráfica até aqui.

"Não só pelo tempo e dinheiro, mas também pela quantidade de pessoas envolvidas. Foi grandioso realizar tudo que Daniel escreveu, uma aventura. Estou feliz com o resultado", arremata o profissional.

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