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COMENTÁRIO INFELIZ

Luisa Mell pede resposta da Globo sobre zoofilia no BBB20: 'Estuprar animal é crime'

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Luisa Mell com um dos cachorros que ela cuida

Luisa Mell com um de seus animais; ativista cobra posicionamento da Globo sobre comentário polêmico

GABRIEL PERLINE

Publicado em 28/1/2020 - 5h22

A ativista e protetora animal Luisa Mell quer que a Globo se manifeste e esclareça imediatamente os comentários feitos por Mari Gonzalez e Felipe Prior no domingo (26) dentro do BBB20. A ex-panicat e o arquiteto revoltaram os fãs do reality show durante uma conversa sobre pessoas que praticam atos sexuais com animais, classificaram como "normal", e foram acusados de incentivarem a zoofilia.

"Eu não acreditei quando vi. É algo assustador. Essa não é a primeira vez que participantes do programa falam sobre isso com naturalidade, como se fosse algo normal. Isso nunca será normal, porque estuprar animal é crime", disse Luisa ao Notícias da TV.

No domingo, os confinados conversavam sobre fetiches, quando citaram pessoas que praticam sexo com animais. O arquiteto relatou que alguns de seus funcionários já abusaram sexualmente de cabras --alguns deles, sem preservativos. "É anormal para gente. Mas é normal para pessoa e tudo bem também se a pessoa quer comer [transar com] um animal", polemizou a ex-panicat. O comentário a fez cair em desgraça perante o público.

"É importante que a Globo se posicione logo sobre isso, porque milhões de pessoas assistem ao reality show e não podem entender que um ato tão violento, que chega a matar os animais, seja algo 'mara' ou 'normal', como disse aquela menina [Mari Gonzalez]. Não é um comportamento que deva ser aceito pela sociedade", reforçou.

A cena, no entanto, não foi exibida no compacto veiculado pela Globo, mas foi extraída por telespectadores que assinam o Globoplay, serviço de streaming da emissora que oferece acompanhamento 24 horas do reality show. Nas redes sociais, a cena viralizou e fez o tema em questão se tornar o mais comentado do Twitter.

Luisa é bastante conhecida pelo público por promover grandes atos em prol dos animais. Entre os bichos que já resgatou, diversos apresentaram sinais de mutilação nas partes íntimas, muitas delas provocadas por atos libidinosos praticados por humanos.

"É um estupro. Existe uma vítima. O problema, neste caso, é que a vítima não tem como se defender e tampouco tem o poder de verbalizar o que ocorreu com ela. E quem pratica isso não tem noção da gravidade do que está fazendo. Muitos animais não resistem aos ferimentos e às violações em seus corpos e acabam morrendo. Já peguei cada caso que eu choro só de lembrar", relatou.

Assim que soube dos comentários feitos pelos participantes do Big Brother Brasil, a ativista logo usou suas redes sociais para emitir sua opinião e também para criticar os participantes que naturalizaram a zoofilia no confinamento. As publicações, no entanto, receberam alto volume de denúncias, e o Instagram as apagou, sem comunicar previamente.

"Não pretendo tomar nenhuma atitude judicial sobre isso, porque a maior punição que essas pessoas [Mari Gonzalez e Felipe Prior] vão receber é a avaliação do público. A quantidade de gente que se espantou com as coisas que eles falaram é assustadora. Tomara que quando forem eliminados eles tomem conhecimento sobre a gravidade de seus comentários", comentou.

A Globo, no entanto, não se manifestou até a publicação deste texto. Na edição ao vivo de segunda-feira (27), o público esperava um posicionamento da emissora, mas o apresentador Tiago Leifert e o diretor J. B. Oliveira optaram pelo silêncio e não se citaram o ocorrido ao longo da edição

Zoofilia é crime?

Embora ainda não exista uma lei específica que condene a prática da zoofilia, as pessoas que praticam atos libidinosos com animais podem ser denunciadas e punidas pelo artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais.

Nela, a Justiça diz que "praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos" pode levar o abusador a ser punido com um ano de detenção. Se o animal morrer por conta da prática sexual, a pena pode ter sua duração elevada em até um terço.

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