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TATO GABUS MENDES

Único homem entre seis mulheres, ator diz que gravação 'é quase um hospício'

Marília Cabral/TV Globo

O ator Tato Gabus Mendes cercado pelas mulheres de sua família na novela Orgulho e Paixão - Marília Cabral/TV Globo

O ator Tato Gabus Mendes cercado pelas mulheres de sua família na novela Orgulho e Paixão

LUCIANO GUARALDO, no Rio de Janeiro

Publicado em 23/3/2018 - 6h03

Estar cercado de mulheres pode ser o sonho de muitos rapazes, mas Tato Gabus Mendes pensa diferente. Único homem no núcleo da família Benedito, de Orgulho e Paixão, o ator de 57 anos conta que contracenar com seis mulheres na novela das seis não é tarefa das mais simples. "É quase um hospício, mas é muito divertido", diz ele, aos risos.

Na novela de Marcos Bernstein, Gabus Mendes interpreta Felisberto, casado com Ofélia (Vera Holtz) e pai de cinco filhas: Elisabeta (Nathalia Dill), Jane (Pamela Tomé), Mariana (Chandelly Braz), Cecília (Anaju Dorigon) e Lídia (Bruna Griphao).

"Viver com tantas mulheres é um desafio para o Felisberto, porque ele tem que relevar muita coisa. Imagina só, ter cinco filhas e aquela mulher que é um verdadeiro vulcão? Já para mim, é enlouquecedor, mas também é muito gostoso, porque é tudo feito com humor, amor e carinho", explica o intérprete.

Chandelly Braz, intérprete da aventureira Mariana, concorda com o pai da ficção que as gravações na casa dos Benedito rendem momentos absurdos. "Essa família é uma loucura, da melhor maneira possível (risos). Fala todo mundo ao mesmo tempo, um por cima do outro, mas no fim nós conseguimos nos entender", revela.

E engana-se quem pensa que a forte presença feminina na novela é o único motivo para deixar Tato Gabus Mendes louco. Gravar uma trama de época no calor intenso do Rio de Janeiro também deixa qualquer um fora do sério.

"Estamos praticamente no forno do inferno (risos). O figurino é pesado, são várias camadas de roupas. No estúdio até tem ar-condicionado, mas nas cenas externas nós sofremos muito. Só que faz parte do trabalho, ossos do ofício. O importante é que a novela está linda, isso vale todo o esforço", minimiza.

Os opostos se atraem
Logo de cara, o público de Orgulho e Paixão já percebeu que Felisberto e Ofélia, apesar de bem casados, têm personalidades bem diferentes: a matriarca só pensa em casar as cinco herdeiras, enquanto o marido tem outra visão para a família.

"Ele é um intelectual, um professor aposentado, tem uma cabeça de vanguarda para a época. O Felisberto tem muito em comum com a Elisabeta, acha que as mulheres têm que trabalhar e serem mais independentes", adianta.

Gabus Mendes, no entanto, não tira a razão da personagem de Vera Holtz. "Ele também sabe que a Ofélia está certa, que as filhas precisam casar, principalmente no caso deles. A família não tem posses para sustentá-las para sempre", justifica.

As diferenças de ideais e personalidades entre os dois geram atritos, mas não diminuem o carinho que o casal sente. "Eles se amam demais, com certeza, e esse carinho sempre vence. Acho isso muito gostoso, no meio dos conflitos e da confusão que é essa casa, dá para perceber que o amor fala mais alto."

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