JOÃO EMANUEL CARNEIRO
REGINALDO TEIXEIRA/TV GLOBO
João Emanuel Carneiro em evento de Todas as Flores; novela perdeu espaço na TV aberta, mas brilhou
Nem a alma mais otimista da Globo viu com bons olhos quando Todas as Flores foi cancelada do horário nobre para estrear no Globoplay. Mas verdade seja dita: a história de João Emanuel Carneiro caiu na boca do povo mesmo sem exibição na TV aberta; e ele, atualmente, colhe os louros do sucesso da novela que foi adiada durante mais de dois anos. Prestes a estrear a segunda parte da trama, o autor assegura que sempre acreditou em sua história: "Você tem que acreditar que aquilo é maravilhoso, então você sempre espera um sucesso enorme".
O que poderia dar errado acabou dando muito certo, e João Emanuel Carneiro está lavando a alma depois de ter tido sua história retirada da fila no horário nobre para dar lugar à questionada Travessia. De carona na estratégia que logrou êxito, a plataforma já anunciou que vai lançar outras novelas. O espaço, agora, parece mais premium do que quando Todas as Flores foi realocada para lá.
"Você sempre faz uma novela --que é uma coisa tão longa e tão difícil-- com a expectativa que é a melhor história do mundo. Mesmo que seja uma mentira para você mesmo. Se você não acha que a melhor história do mundo é melhor não fazer", avalia João em entrevista coletiva para o lançamento da segunda parte da obra.
Com 85 episódios ao todo, Todas as Flores terá mais 40 capítulos desta nova leva disponibilizados no dia 5 de abril. Assim que soube que a história seria mais curta, o novelista precisou fazer adaptações. Entre uma temporada e outra, Carneiro não precisou mexer em nada, já que tudo foi gravado ao mesmo tempo. Dessa forma --e diferentemente do que acontece em uma novela convencional-- ele não pode se aproveitar da repercussão para alterar o destino dos personagens.
"Como foi uma novela que começou existindo para a TV aberta e depois mudaram para o streaming, tive que fazer muitas mudanças em vários sentidos. Mas, depois, não mudei mais nada", conta.
Ao ter sua história realocada para uma nova plataforma, João Emanuel Carneiro aproveitou para fazer o que não poderia caso a novela fosse ao ar na faixa das nove:
Tive a possibilidade de tocar em temas mais polêmicos e botar uma sexualidade que na TV aberta não teria essa chance. Na TV aberta, você tem que pensar que você está invadindo os lares de milhões de pessoas. Já no streaming é uma opção de alguém por assistir aquilo, né? Tem uma grande diferença aí.
Criador de tipos marcantes como Bárbara (Giovanna Antonelli) de Da Cor do Pecado (2004), Foguinho (Lázaro Ramos) de Cobras & Lagartos (2006), Flora (Patricia Pillar) e Donatela (Claudia Raia) de A Favorita (2008), e Nina (Debora Falabella) e Carminha (Adriana Esteves) da antológica Avenida Brasil (2012), o autor acredita que Todas as Flores tenha os elementos certos para cativar o público na segunda temporada e quando, finalmente, ganhar espaço na programação da Globo.
"Acho também que essa novela foi um sucesso porque ela é fora da casinha. Tem personagens muito contraditórios, muito malucos, muitos transgressores. E as pessoas também estão precisando estão querendo ver coisas assim, diferentes", opina.
Confira as chamadas da segunda temporada de Todas as Flores:
O Globoplay vai fazer um resumão dos capítulos da primeira temporada para refrescar a memória do público. A edição extra será um compacto de cinco capítulos com os principais acontecimentos.
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