Vitória ou Derrota?
Munir Chatack/TV Record
Artur (Bruno Ferrari) e Diana (Thais Melchior) durante gravação de Vitória na praia Kenepha, em Curaçao
JANETH CLARA DIAS
Publicado em 31/5/2014 - 0h24
Atualizado em 1/6/2014 - 5h30
RESUMO: Vitória, trama que estreia nesta segunda, 2, vem com a missão de levantar o ibope das novelas da Record. Desde 2011, as produções de dramaturgia da emissora não alcançam médias acima de dez pontos. Com elenco encabeçado por Bruno Ferrari e Thais Melchior, o folhetim irá tratar de temas como vingança, incesto, assédio sexual e neonazismo
Vitória, nova novela da Record, estreia nesta segunda-feira (2) com a missão de reerguer a combalida audiência do horário nobre da emissora. Desde 2011, as novelas de Edir Macedo não dão médias acima de dez pontos. Para alcançar esse objetivo, a produção vai atirar para todos os lados: misturará temas como vingança, incesto, assédio sexual, neonazismo e até trabalho infantil.
Escrita por Cristianne Fridman e com direção geral de Edgard Miranda, Vitória entra no lugar de Pecado Mortal. A novela de Carlos Lombardi não decolou no ibope, patinando na casa dos cinco pontos.
Vitória teve uma pré-produção conturbada. A começar pela troca de nomes no elenco. Leonardo Brício estava escalado para viver o personagem Rodrigo quando foi deslocado para participar de Os Dez Mandamentos. Dado Dolabella, que faria um papel no núcleo de neonazistas, foi designado para substituí-lo. Só que Dolabella brigou com um produtor e teve seu contrato com a Record rescindido. Em seu lugar, entrou Rodrigo Phavanello.
Além da dança das cadeiras no elenco, uma crise financeira atingiu a emissora em 2013 e resultou na demissão de centenas de profissionais, o que gerou um clima de insegurança nos bastidores da novela. Soma-se a isso o fato de a história ter sido concebida sob a ameaça de ser a penúltima produzida nos moldes atuais. Se Vitória for uma derrota e Dez Mandamentos não decolar em 2015, a Record já tem outros planos: irá fazer novelas em coprodução, reduzindo custos.
A trama
Vitória vai contar a história de Artur (Bruno Ferrari), filho de Clarice (Beth Goulart) e Gregório (Antônio Grassi). Quando criança, ele caiu de um cavalo dado pelo pai e ficou paraplégico. Por não superar a tragédia, Gregório passa a rejeitar o filho, o que faz com que Clarice fuja com o menino para Curaçao, no Caribe.
Artur cresce amargurado e com desejo de se vingar de Gregório, sentimento que permanece mesmo depois que a mãe revela que ele não é seu pai biológico. Para por seu plano em ação, o jovem até interna Clarice em uma clínica psiquiátrica.
A atriz Thais Melchior, que interpretará Diana, com a égua Vitória, que dá nome à novela
Artur volta ao Haras Altacyr Ferreira, local onde cresce. Seu primeiro passo é seduzir Diana (Thais Melchior), filha do segundo casamento de Gregório. A intenção é fazer o suposto pai _que desconhece a verdadeira paternidade do rapaz_ sofrer ao acreditar que os filhos estão vivendo um romance.
A vingança de Artur começa a fracassar quando ele se apaixona de verdade. Já Diana, atormentada por amar o irmão, acabará se envolvendo com Rodrigo (Phavanello), formando assim o triângulo amoroso.
Tramas paralelas
Fora do núcleo principal, outro que também ganhará destaque em Vitória é o de neonazistas. O grupo será liderado por Priscila (Juliana Silveira). A moça faz doutorado e trabalha em uma escola para manter a imagem de uma jovem equilibrada, mas com o namorado, Paulão (Marcos Pitombo), e mais dois amigos, Bárbara (Liege Muller) e Enzo (Raphael Montagner), irá cometer barbaridades.
Os quatro perseguirão com violência homossexuais, nordestinos e negros. Os atores já gravaram cenas fortes, como um incêndio criminoso de um ônibus com passageiros nordestinos e o atropelamento de um flanelinha.
“A Priscila é totalmente má e fria. Ela atropela o garoto de propósito, por ter ódio da cor dele. Como ele escapa com vida, ela o atrai para a sua casa e o mata sem piedade", conta Juliana.
Neonazistas: Paulão (Marcos Pitombo), Priscila (Juliana Silveira) e Enzo (Raphael Montagner)
Outro tema polêmico, o assédio sexual será mostrado por meio da veterinária Renata (Maytê Piragibe), que é casada, mas sofrerá com as pesadas cantadas do chefe.
Para temperar ainda mais o caldeirão de assuntos, há ainda o trabalho infantil. O personagem Cicinho, vivido pelo ator mirim Pablo Monthé, terá de pegar pesado no haras de Gregório para ajudar no sustento da sua família.
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