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Em Família, 100 | Crítica

Cinco motivos para ver Em Família e cinco para desligar a televisão

Divulgação/Globo

Juliana (Vanessa Gerbelli) faz de tudo para ficar com Bia e é um dos pontos positivos da novela - Divulgação/Globo

Juliana (Vanessa Gerbelli) faz de tudo para ficar com Bia e é um dos pontos positivos da novela

RAPHAEL SCIRE

Publicado em 28/5/2014 - 23h08
Atualizado em 29/5/2014 - 6h24

RESUMO: Em Família chega ao centésimo capítulo sem decolar. Mas há bons motivos para insistir na novela, como a explosiva relação de Helena e Luiza, o potencial dramático do amor entre Clara e Marina, a ironia de Shirley e as descompensadas Branca e Juliana. Por outro lado, a falta de um bom vilão e a apatia do galã da trama são um balde de água fria nos telespectadores

Arrastada, a novela Em Família (Globo) chega  hoje (29) ao seu 100º capítulo sem ter alcançado a repercussão de outras tramas de Manoel Carlos. Mas nem só de problemas vive o Leblon idealizado do autor. A 49 capítulos do fim, listamos aqui cinco motivos para continuar vendo a novela, sem esquecer de outros cinco para não acompanhar o restante dela.

Por que ver Em Família?

1 ► A Helena da vez é uma das mais interessantes e bem construídas pelo autor, apesar de, diferentemente das outras, não guardar um segredo que desperte a atenção do telespectador. Passional, egoísta e com um quê de crueldade quando o assunto é a passividade do marido Virgílio (Humberto Martins), Helena conquista os telespectadores também pela arrebatadora composição de Julia Lemmertz. Os embates com a filha Luiza (Bruna Marquezine) são o combustível que falta à história em outros momentos.

2 ► E por falar em Luiza, ela é chata e mimada? Sim, mas isso é ótimo. As filhas voluntariosas que enfrentam as mães são uma especialidade do autor. Bruna Marquezine vem mostrando uma evolução de seu trabalho e em nada lembra aquela garotinha que cresceu em frente às câmeras.


Como a voluntariosa Luiza (Bruna Marquezine) tem mostrado sua evolução como atriz

3 ► Shirley (Vivianne Pasmanter), a megera que não é megera, pode não ser uma Carminha (personagem de Adriana Esteves em Avenida Brasil) da vida, mas dentro de uma imensidão de personagens insossos, é um alívio poder rir um pouco com as “maldades” que saem da boca da perua, sempre irônica e certeira.

4 ► O casal gay formado por Clara (Giovanna Antonelli) e Marina (Thainá Müller), apesar de não empolgar tanto, pode render boas histórias, que, inevitavelmente, também mexerão com outros personagens, como é o caso de Cadu (Reynaldo Gianechinni), o marido trocado.

5 ► Juliana (Vanessa Gerbelli) e Branca (Angela Vieira), as descompensadas. As mulheres à beira de um ataque de nervos são outro tipo de personagem que Manoel Carlos cria com maestria. Quem não se lembra de Heloisa (Giulia Gam), de Mulheres Apaixonadas? Dessa vez, quem assume a vaga de atormentadora de ex-marido é Branca. Já Juliana não é capaz de fazer tudo para segurar um homem, mas sim para ficar com a guarda da pequena Bia (Bruna Faria). A gente espera também que o autor não se esqueça de explicar a causa da morte da emprega Gorete (Carol Macedo), no começo da história.

Por que não ver Em Família?

1 ► Você pode dormir em frente à televisão. Em sua última novela, Manoel Carlos não soube se reinventar. No ritmo da bossa nova, Em Família é um marasmo sem fim. O novelista deveria pedir umas dicas a Benedito Ruy Barbosa, que surpreendeu os telespectadores ao imprimir agilidade à  narrativa de Meu Pedacinho de Chão, sem perder suas características mais marcantes.

2 ► Novela que se preze não pode prescindir de bons vilões, e Em Família faz isso. Não há personagens cujas ações movimentem as histórias, e o marasmo, mais uma vez, volta a reinar. Shirley (Vivianne Pasmanter) até começou a trama distribuindo amostras de veneno que poderiam cativar o público, mas descambou para o humor involuntário.


Falta carisma ao galã interpretado pelo ator Gabriel Braga Nunes na novela das 21h

3 ► Gabriel Braga Nunes (Laerte) já teve trabalhos melhores. Ligada no automático, a interpretação do ator trouxe apatia ao galã da trama. Não se pode dizer, porém, que seu Laerte não mexa com os ânimos e os nervos das mulheres da história. Helena que o diga.

4 ► Humor ingênuo que não faz rir. No núcleo do asilo, bons atores são desperdiçados, como é o caso de Suely Franco (Flora) e Betty Gofmann (Miss Lauren). O que teria de parecer engraçado soa forçado, e é uma chatice ver essa parte da novela. Zapeie! 

5 ► Merchandising social é bom, mas também cansa. Em toda novela do autor tem uma campanha, o que, no fim das contas, não deixa de ser repetitivo. Não à toa, o alcoolismo de Felipe (Thiago Mendonça) acabou perdendo espaço na história. Bons tempos os de Santana (Vera Holtz), que ia dar aula chapada em Mulheres Apaixonadas (2003).

E então, já tomou partido? 

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