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BANG BANG

Fracasso total: Estreia no Globoplay novela que a Globo preferiria esquecer

DIVULGAÇÃO/TV GLOBO

Os atores Bruno Garcia, Fernanda Lima e Marcos Pasquim lado a lado, caracterizados como seus personagens em Bang Bang (2005)

Bruno Garcia, Fernanda Lima e Marcos Pasquim caracterizados como seus personagens em Bang Bang (2005)

FERNANDA LOPES

fernanda@noticiasdatv.com

Publicado em 15/7/2024 - 14h57

Bang Bang (2005) nunca teve a honra de ser reprisada no Vale a Pena Ver de Novo, nem no Viva. Isto se deve, muito provavelmente, ao fato de a novela ter sido um fiasco na história da teledramaturgia da emissora, com baixa audiência, tramas remendadas, problemas técnicos e má aceitação do público e da crítica. Ainda assim, 19 anos após a estreia, a novela que a Globo preferiria esquecer chega nesta segunda (15) ao Globoplay.

O folhetim estreia na plataforma de streaming como parte do projeto Resgate, no qual o Globoplay torna disponíveis para os assinantes novelas antigas, com capítulos completos e em boa qualidade de exibição.

Bang Bang foi concebida por Mário Prata e se passa em um cenário de faroeste norte-americano, na cidade de Albuquerque. O próprio autor já lançou a trama das 19h com dúvidas de que sua ideia daria certo.

"Dizem que, nesse horário, 35 [pontos] de Ibope é a média. Bang Bang não vai dar isso. Ou dá 40 ou mais, ou 30 ou menos. Nem eu nem a Globo sabemos no que vai dar, mas estamos nos divertindo", contou ele, na festa de lançamento da novela. Prata estava certo quando previu menos de 30 pontos: a novela terminou com média geral de 27,5 pontos no Ibope, na Grande São Paulo.

A história não conquistou o público com o cenário de faroeste, totalmente diferente das outras novelas das sete exibidas até então, e com os nomes dos personagens em inglês.

O protagonista era Ben Silver (Bruno Garcia), que viu a família ser dizimada por pistoleiros quando era criança. Vinte anos depois, ele volta à cidade que o traumatizou para se vingar dos Bullock --responsáveis pela tragédia do passado. O protagonista, no entanto, se apaixona por Diana Bullock (Fernanda Lima), a filha do mandante da chacina.

A ideia inicial era que Bang Bang fizesse uma sátira do Brasil contemporâneo com o plano de fundo de faroeste --um pouco como Que Rei Sou Eu? havia feito em 1989, com alusões à política brasileira em uma trama ambientada na Europa de 1786.

Porém, em Bang Bang a prática saiu bem diferente da teoria. Logo nos primeiros capítulos, Mário Prata precisou se afastar do trabalho para tratar uma osteoporose. A colaboradora Márcia Prates assumiu a coordenação dos capítulos. Depois, Carlos Lombardi foi chamado para orientar a equipe de roteiristas e tentar ajustar o texto. O resultado, ainda assim, foi uma trama remendada e complicada.

"Bang Bang era uma novela altamente experimental, era uma paródia. Todo mundo sabia que era um projeto ousado. E tinha virado um projeto ousado sem dono. Quer dizer, quando o Prata saiu, a novela perdeu a personalidade", declarou Lombardi ao livro Autores, Histórias da Teledramaturgia.

"Eu achava que a novela tinha muitos problemas técnicos. A história de Bang Bang foi empacotada de forma errada. Bang Bang deveria ter sido um seriado semanal, e não uma novela. Eu disse: 'Se é remendo, vamos remendar!'. E foi o que eu fiz. Deu certo. Fiz a minha parte. Mas foi um dos trabalhos mais difíceis da minha vida", confessou o autor.


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