Fora do Leblon, primeira novela de Manoel Carlos na Globo estreava há 45 anos

Conhecido por ambientar várias de suas novelas no Leblon, bairro nobre do Rio de Janeiro, Manoel Carlos escolheu um cenário bem diferente para sua primeira trama na Globo. Maria, Maria (1978), que estreava na faixa das seis há exatos 45 anos, contou a história de duas irmãs que viviam no interior da Bahia.

Assim como as protagonistas de nome Helena, o bairro carioca é um marco das histórias do veterano. Entre os folhetins que mostraram a rotina dos moradores do Leblon estão Felicidade (1991), Por Amor (1997), Laços de Família (2000), Mulheres Apaixonadas (2003), Páginas da Vida (2006), Viver a Vida (2009) e Em Família (2014).

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Manoel Carlos foi para a Globo em 1972, depois de ganhar destaque com tramas como Helena (1952) e Iaiá Garcia (1953), exibidas na TV Paulista (1952-1966), e por adaptações de teleteatros para a Record, TV Rio (1955-1977) e TV Tupi (1950-1980). Nos primeiros anos na emissora da família Marinho, ele escreveu e produziu o programa de entrevistas Globo Gente (1973) e foi diretor do Fantástico.

Já para sua primeira novela na casa, o autor se baseou no romance Maria Dusá, de Lindolfo Rocha (1862-1911). A narrativa era ambientada em uma região de garimpo de diamantes na Bahia em 1860, após o período drástico de seca que ficou conhecido como fome de 60.

Irmãs, Maria Alves e Maria Dusá (interpretadas por Nívea Maria) não se conheciam e tinham personalidades e posições sociais opostas. Enquanto a primeira, mais conhecida como Mariazinha, era meiga e sincera, a outra era orgulhosa e estava cercada de riquezas.

Mariazinha vivia em uma situação miserável no sertão da Chapada Diamantina, até que o pai, Raimundo (Wilson Grey), a ofereceu ao tropeiro Ricardo Brandão (Cláudio Cavalcanti) em troca de mantimentos.

Apesar de apaixonado pela jovem, o rapaz deixou que Mariazinha escolhesse seu destino. A moça acabou preferindo ficar com a família, mas não tirou mais Ricardo dos pensamentos.

Um tempo depois, o tropeiro conheceu Maria Dusá, a desconhecida irmã de Maria Alves, vivendo em uma casa sofisticada no povoado de Xique-Xique. Uma série de encontros e desencontros passou a marcar a trajetória dos três.

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