Ex-VJ, amante de Caio Castro em Novo Mundo revela desafios para fazer novela

VJ da antiga MTV Brasil entre 2006 e 2009, Luisa Micheletti trocou o público jovem pelos fãs de novelas de época ao atuar em Novo Mundo, atualmente reprisada pela Globo. A atriz e apresentadora deu vida a Noémie, amante de dom Pedro (Caio Castro). Ela admite que teve dois grandes desafios durante a trama de Alessandro Marson e Thereza Falcão.

"Um deles foi a dança. Noémie era uma bailarina. Por mais que eu tivesse algumas noções, precisei ter muitas aulas. Adoro ter que ultrapassar as barreiras de quem eu sou. Essa é a parte mais legal do meu trabalho. Foi riquíssimo pra mim", lembra ela em entrevista divulgada pela Globo.

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"O outro desafio foi o sotaque. A maioria do elenco teve que fazer, porque cada personagem vinha de um canto do mundo. No meu caso, o sotaque era francês. Tive que caprichar nessa prosódia. Eu adoro esse desafio. Me jogou para novas demandas do meu corpo e da minha fala", enumera.

Apesar de todo o esforço, a atriz considera que valeu a pena. "A cena que deu mais trabalho foi a da dança. E a mais bonita, que marcou mais, foi a cena da gravidez. O Caio Castro é um ator que joga muito junto. A presença dele foi essencial. Achamos uma conexão verdadeira entre um casal que sabe que não vai ficar junto, mas que está esperando um filho. Foi uma cena muito bonita de fazer."

Luisa considera a reexibição de Novo Mundo oportuna para o momento que o país atravessa. "Ela contextualiza a história do Brasil de um jeito didático e poético. Muitas questões que a gente vive hoje tiveram origem lá atrás. Dá pra gente entender as raízes de muitos problemas que temos hoje. A mistura étnica, cultural, o que a Leopoldina [Letícia Colin] trazia da Áustria de referência estética. Faz sentido", valoriza a artista.

O fato de a novela ter ido ao ar em 2017, para a atriz, não afeta tanto o contexto histórico em sua reprise. "Acho que três anos depois, tudo mudou, mas nem tanto. A gente continua com as mesmas questões. Continuamos precisando de uma independência, mas em outros níveis. Temos que ter um estado forte, aprender a se sustentar, a ter capacidade de cuidar do nosso próprio povo."

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