Sempre o mesmo papel
Reprodução/TV Globo
Ilva Niño, Lima Duarte e Angela Vieira são marcados por um tipo de papel na televisão
REDAÇÃO
Publicado em 21/2/2018 - 5h30
A atriz Ilva Niño se destacou no capítulo de ontem (20) de O Outro Lado do Paraíso como dona Tiana, a mulher que revelou as atrocidades de Vinícius (Flávio Tolezani) contra Laura (Bella Piero). Ela interpretou um tipo de personagem bem frequente em seu currículo, a empregada doméstica. Foram tantas que ela até perdeu a conta _o Notícias da TV contou dez desde 1977.
Além de Ilva, outros atores também ficaram marcados por fazerem os mesmos papéis em novelas diferentes. Carlos Vereza, por exemplo, é um homem santo na teledramaturgia da Globo. Em menos de um ano, entre 2015 e 2016, interpretou dois padres. Cinco anos antes, deu vida a um clérigo e a um anjo.
Um caso ainda mais impressionante é de Ricardo Pavão. O ator já viveu nada menos do que 27 delegados em novelas da Globo, Manchete, Cultura e Band. Atualmente, no ar em Tempo de Amar, ele foge do estereótipo e interpreta um bandido _vive Vasco, capanga de Delfina (Leticia Sabatella).
Confira os atores marcados por um tipo de personagem:
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Carlos Vereza em cena como o padre Benício na paróquia de Grotas, em Velho Chico (2016)
Carlos Vereza, o padre
De trajes longos, óculos e serenidade ao falar com os fiéis, Carlos Vereza convence tanto como religioso que já foi convocado para esse papel diversas vezes. Em 2015, ele interpretou padre Luiz, o rigoroso chefe de um convento em Além do Tempo. Menos de um ano depois, foi convocado para substituir Umberto Magnani (1941-2016) na paróquia de Velho Chico (2016).
Magnani interpretava o padre da novela, mas teve um AVE (Acidente Vascular Encefálico) durante as gravações e não resistiu. Vereza entrou na trama como o padre Benício, novo designado para a igreja local. O ator já havia vivido um padre em Paraíso (2009). Em 2010, foi além: interpretou o anjo Athael em Escrito nas Estrelas.
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O ator Ricardo Pavão interpretou o delegado Peixoto em capítulos de Eta Mundo Bom! (2016)
Ricardo Pavão, o delegado
O mais versátil chefe de delegacias da teledramaturgia é Ricardo Pavão. O ator já atuou como delegado em 27 novelas diferentes. Fez obras de diferentes épocas e localidades, como Eta Mundo Bom! (2016), Viver a Vida (2009), Cobras e Lagartos (2006), Porto dos Milagres (2001) e Tropicaliente (1994). Ele brincou, em recente entrevista ao UOL, que já pode se aposentar pela Secretaria de Segurança Pública.
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A sempre elegante Angela Vieira viveu a personagem esnobe Lígia em Pega Pega (2017)
Angela Vieira, a mulher rica
Você se lembra de Angela Vieira no papel de alguma mulher trabalhadora, de baixa renda e sofrida? Provavelmente não, porque a atriz é a cara da riqueza, sempre bem relacionada na alta sociedade. Recentemente, ela apareceu ao mesmo tempo na Globo em dois desses papéis: a madame criminosa Lígia, de Pega Pega (2017), e a socialite Gisela, na reprise de Senhora do Destino (2004).
Em entrevista ao Notícias da TV, Angela disse que as personagens ricas têm histórias de vidas diferentes, mas que também é capaz de fazer outros papéis. "Já ouvi pessoas falando que não me imaginam como uma roupinha simples, mas é porque ainda não viram", afirmou ela.
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Lima Duarte interpreta Josafá em O Outro Lado do Paraíso: mais um caipira em sua carreira
Lima Duarte, o caipira
No ar como o humilde Josafá, um homem do interior do Tocantins em O Outro Lado do Paraíso, Lima Duarte vive o tipo de personagem que mais repetiu ao longo de sua carreira: o caipira. Entre os papéis de interioranos que ele interpretou, se destacam Sassá Mutema, de O Salvador da Pátria (1989), e Zeca Diabo, de O Bem-Amado (1973).
O ator diz não se importa de fazer muitas variações de caipiras, pelo contrário: se orgulha de ser um caboclo que chegou à TV.
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Malvino Salvador, sempre com cara e visual de mau, em cena de Haja Coração (2016)
Malvino Salvador, o homem rude
Ele até já chorou e demonstrou sensibilidade em alguns papéis, mas a casca grossa é sempre a mesma. Malvino Salvador é marcado por personagens de gênio forte, teimosos e brigões, como o Apolo de Haja Coração (2016), o Quinzé de Fina Estampa (2011) e o Régis de Sete Pecados (2007). Difícil imaginar o ator no papel de um pobre sofredor ou um vilão manipulador e frio.
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