Em Alma Gêmea, Priscila Fantin foi obrigada a entrar em cemitério e deitar em túmulo

Priscila Fantin passou por uma experiência inédita como a protagonista de Alma Gêmea (2005). A atriz, que tinha 22 anos na época em que a novela foi gravada, nunca tinha entrado em um cemitério na vida. Ela precisou não só ir até o local como se jogar em cima de um túmulo, que havia sido caracterizado na trama como o de Luna (Liliana de Castro).

"A Serena visita o túmulo da Luna. Foi a primeira vez que eu entrei num cemitério. Não que eu não tivesse tido perdas anteriores a esse momento, mas eu nunca tinha conseguido entrar num cemitério. Ali eu precisei entrar, por causa do meu trabalho, e mais do que isso, deitar em cima de um túmulo", confessou a atriz, em entrevista ao podcast Papo de Novela, do Gshow.

Na cena do cemitério, Serena se debruça sobre o túmulo de Luna, muito abalada. Rafael (Eduardo Moscovis) a encontra, e ela começa a chorar nos braços dele. "Rafael, eu sinto uma dor, um desespero, uma escuridão. É como se eu estivesse lá dentro e aqui ao mesmo tempo. Eu não entendo. O que tá acontecendo? De onde vem essa dor?", pergunta a mocinha.

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Rafael a abraça e pede a ela que se acalme. Serena ainda afirma que já viu a foto e o rosto de Luna dentro dela. "Eu achava que era outra pessoa, mas faz parte de mim também. Eu sinto uma dor, e depois da dor vem a escuridão", diz a descendente de indígenas, que depois desmaia, para desespero de Rafael.

Priscila se debruça no túmulo em cena de Alma Gêmea

A experiência de entrar em um cemitério pela primeira vez marcou Priscila, mas esta não foi a cena mais difícil que ela se lembra de ter gravado na novela. Para a atriz, as sequências em que Serena via Luna em seu reflexo no espelho foram muito mais complicadas.

"Outra coisa que me marcou bastante foram as cenas que eu gravava com a Liliana de Castro, quando a Serena via a Luna através do espelho. Era um jogo muito milimétrico de luz e câmera para que a imagem aparecesse. Não dava para a gente ficar uma na frente da outra, porque para a câmera isso não dava o encaixe do rosto", detalhou ela.

"O ângulo do rosto, a altura, tinha que ficar tudo milimetricamente parado, estático, pra que a gente conseguisse fazer a mágica daquela transformação e ficasse tudo na mesma linha. O nariz no mesmo lugar, os olhos no mesmo lugar. Eram cenas que exigiam um cuidado muito grande, muita concentração, porque a própria respiração já fazia com que desregulasse essa imagem. Eram momentos lindos, tinha uma concentração muito grande pra que desse tudo certo", explicou Priscila.

Alma Gêmea foi escrita por Walcyr Carrasco e exibida originalmente pela Globo em 2005, na faixa das 18h. Esta é a terceira reprise da trama, que já foi exibida no Vale a Pena Ver de Novo em 2009 e no canal Viva em 2022.

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