De ibope sofrível a debandada de elenco: Globo suspirou aliviada com fim de novela

Há 14 anos, a Globo se livrava de uma enrascada com o fim de Três Irmãs (2008). A novela das sete virou uma dor de cabeça para a emissora por não atingir os índices esperados de audiência. Além disso, a trama escrita por Antonio Calmon enfrentou problemas com baixas no elenco.

A história protagonizada por Alma (Giovanna Antonelli), Dora (Cláudia Abreu) e Suzana (Carolina Dieckmann) até começou bem em ibope, mas perdeu público ao longo dos meses. Chegou ao fim com o triste título de novela das sete com a pior média geral da história até então.

A narrativa litorânea terminou com 24,3 pontos na Grande São Paulo, principal mercado publicitário do país. No entanto, Geração Brasil (2014) superou o recorde negativo ao acabar com apenas 19,3 pontos de média.

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Antes mesmo da estreia, o folhetim teve troca-troca na hora da escalação da atriz que interpretaria Virgínia, mãe das protagonistas. A matriarca foi oferecida primeiro a Regina Duarte, mas a atriz pediu para viver a governanta Waldete por nunca ter feito uma personagem desse tipo.

Renée de Vielmond foi chamada para o papel, mas optou por continuar longe da TV. Depois, Nívea Maria foi escalada para o personagem --mas acabou substituída por Ana Rosa.

Já os trambiqueiros Valéria (Graziela Moretto), Vidigal, interpretado por Luis Gustavo (1934-2021), e Chuchu (Otávio Augusto) deixaram a trama antes do final. A atriz descobriu que estava grávida, e o autor decidiu matar a personagem. Luis Gustavo e Otávio Augusto saíram sem dar explicações.

Além disso, Marcello Novaes teve de se afastar do trabalho quando foi agredido em uma boate do Rio de Janeiro. Algumas cenas foram regravadas, e um acidente de carro foi usado na história para justificar os curativos do personagem Sandro.

Outra profissional que se ausentou da novela foi Solange Couto. Na época, ela sofreu uma isquemia cerebral e precisou tirar licença. A ausência da atriz foi explicada com uma viagem inesperada para sua Janaína.

Apesar dos percalços, Calmon se disse satisfeito com a trama. "Sempre queremos o melhor para a nossa novela. Acho que a cobrança pessoal é muito maior do que a cobrança externa. De qualquer forma, fiquei satisfeito com o resultado da novela como um todo, acho que foi alegre, e recebi diversos elogios", minimizou o autor em declaração ao jornal Extra.

Três Irmãs era ambientada no fictício balneário de Caramirim e narrava a história da família Jequitibá, formada por Virgínia e pelas filhas Dora, Alma e Suzana. O folhetim teve ainda um apelo pela conservação das praias e fez campanhas sociais pela preservação ambiental.

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