De assanhada a traumatizada: Funkeira de Malhação vibra com reviravolta

Gabriella Mustafá precisou rebolar para fazer Nanda alcançar a fama em Malhação: Toda Forma de Amar. A funkeira suou a camisa e não economizou no charme para virar uma estrela da música, mas viu seu sonho se tornar pesadelo ao sofrer com síndrome do pânico na reta final. "Jamais esperava que essa trama fosse acontecer a essa altura do campeonato", entrega a atriz em entrevista ao Notícias da TV.

Por conta das crises, a artista precisou dar uma pausa nas maluquices da periguete para pegar pesado no drama de uma garota com episódios súbitos de medo ou ansiedade sem razão aparente. "Quando chegaram os primeiros blocos, achei que podia me testar como atriz e mostrar também um outro lado dessa menina", analisa.

Nos últimos capítulos, a personagem deixou até mesmo de cantar em público e a insegurança ainda a fez entrar em um relacionamento abusivo com Marquinhos (André Matarazzo).

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Ela revela que o público parou de torcer o nariz para Nanda diante dos novos dramas de seu papel. "Agora há uma identificação maior do que na outra fase em que ela agia mais impulsivamente. As pessoas se divertiam, mas não queriam admitir que também tinham esse lado. Hoje, recebo muito mais o carinho dos telespectadores, sinto que estão nos vendo com outros olhos", pondera a paranaense.

Mal do século

A atriz aponta que a necessidade de Nanda de ter aprovação constante afetou a sua saúde mental e contribuiu para que ela desenvolvesse o distúrbio. "Ela quer provar para as pessoas o quanto é incrível, poderosa, mas ela não é tão segura quanto pensa. Sem contar a pressão da mãe e a culpa por sempre prejudicar a Raíssa [Dora de Assis]. Uma hora a conta chega", considera.

Ela se surpreende com a quantidade de mensagens que recebeu de adolescentes que também sofriam de depressão e ansiedade. "Eles são bombardeados por informações o tempo todo, cobranças por esses padrões de vida ou corpo, que são impostos nas redes sociais", diz a intérprete.

Gabriella afirma que muitos jovens se identificam com a história de Nanda, mas sentem vergonha de abrir o jogo com os pais. "Sempre respondo para procurar ajuda médica, porque é importante. As pessoas têm muito preconceito com terapia, que é coisa de louco, mas autoconhecimento é importante", avalia.

A artista de 22 anos confessa ainda que precisa aprender a lidar melhor com as cenas mais pesadas de sua personagem. "Eu me cobro muito no trabalho, vou até os meus limites. Saio das gravações muito mexida, muito emocionada. É algo que preciso aprender a controlar [para não sofrer tanto]", arremata Gabriella.

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