Com homossexual em Amor Perfeito, ator vê combate ao preconceito: 'Vítima'

Carmo Dalla Vecchia praticamente emendou as gravações de Cara e Coragem com a preparação para entrar em cena em Amor Perfeito, novela das seis que a Globo estreia no próximo dia 20. Na pele de um advogado homossexual que é chantageado por sua orientação sexual, o ator aponta um lado bom na história do personagem.

"Traz à tona o assunto de uma forma bonita, porque retrata realmente o preconceito do lado que deveria tratar, que é ele sendo vítima", diz o intérprete, que é casado com o autor João Emanuel Carneiro na vida real. 

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Justamente por já ter sentido o peso do preconceito e os temores de Érico, o ator entende que, quando a dramaturgia conta uma história assim, toca as pessoas de uma maneira diferente. "Acho que dessa forma facilita para as pessoas não terem tanto esse preconceito disfarçado de moralidade, de religiosidade e de ética", opina.

Com 29 anos de carreira e várias novelas de Duca Rachid, coautora de Amor Perfeito, no currículo, Dalla Vecchia aposta na habilidade da novelista para a trama de Érico ajudar a combater a homofobia. 

As tramas dela têm profundidade e pureza incríveis. Ela fala sobre afeto, morte e amizade, coisas de uma importância muito grande e que precisam ser resgatadas nos nossos dias. Fazer um personagem homossexual, agora, acho que é de uma grande relevância. Talvez historicamente desde a década de 1940, a gente já tenha aí muitos homens, como eu na vida real, passando por circunstâncias parecidas com essas do personagem, que, durante muito tempo, tiveram que se esconder, negar seus sentimentos.

No começo do folhetim, Érico vai se negar a defender Marê (Camila Queiroz), que é acusada de matar o pai, Leonel (Paulo Gorgulho). Ele é um grande amigo do personagem que é dado como morto. Haverá uma passagem de tempo. Nove anos depois, o advogado estará convencido de que a mocinha é inocente e vai ajudá-la.

A protagonista sairá da cadeia e irá reivindicar a presidência da empresa do pai, tentando tirar a madrasta, Gilda (Mariana Ximenes), do posto. Ele, então, sofrerá com as chantagens da vilã para não ter sua orientação sexual revelada para toda a cidade, a fictícia Águas de São Jacinto.

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