shirley cruz
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Shirley Cruz interpreta Glaúcia em Bom Sucesso; atriz se sente grata por torcida do público por romance lésbico
REDAÇÃO
Publicado em 11/12/2019 - 10h45
No ar em Bom Sucesso, Shirley Cruz se surpreende com a torcida do público para que Gláucia, sua personagem lésbica, comece a namorar na trama de Rosane Svartman e Paulo Halm. "Me sinto contribuindo para plantar a empatia e o respeito no coração dos telespectadores", diz a intérprete.
Na novela das sete, a funcionária da editora Prado Monteiro não fala muito sobre romance, mas já apareceu dando em cima de uma mulher no bar Chapeleiro Maluco durante uma confraternização com os colegas. Em entrevista à revista Quem, Shirley conta que adora quebrar tabus da sociedade. "Esse é um dos maiores presentes que a Gláucia me traz", pontua.
De acordo com a atriz, ela sente o retorno positivo dos telespectadores quando vai pra rua. "Em tempos de internet, o retorno é imediato. [As pessoas] Elas me param e desabafam mesmo. Tem sempre uma história familiar ou de uma amiga para contar. É muito lindo!", comemora. Na onda da torcida para Gláucia engatar um romance, um influenciador digital chegou a criar a hashtag "namoraglaucia".
Na conversa, Shirley também defende a responsabilidade de interpretar uma mulher negra que é bem-sucedida e se sente grata por fugir do esterótipo de papéis subalternos. "Já não cabe mais colocar o artista negro numa caixinha e com rótulos. É ultrapassado, não é produtivo, não conta história. Saia na rua e veja, estamos em todos os lugares e exercendo todas as profissões", ressalta.
No cinema, a atriz viverá sua primeira protagonista em Revolta dos Malês, que conta a história sobre um levante de escravos em Salvador, na Bahia. No longa, Shirley é Guilhermina e pôde sentir um pouco na pele o sofrimento de seus antepassados.
"Estamos falando de escravos, de morte, de humilhação, do extermínio de um povo, de África. É a minha história e a dos meus. Um único trabalho me realizou muitos sonhos, como falar de escravidão e ser protagonista, ", avalia ela.
Nascida em uma família de classe média, Shirley se viu obrigada a lidar com o racismo desde criança. "A gente que é negro aprende muito cedo sabe? É cruel. Mas a ficha só cai depois, porque quando criança você custa a entender o que está acontecendo", desabafa.
"Primeiro parece brincadeira quando você escuta: 'Seu cabelo é ruim', 'Nega do cabelo duro', etc. Depois o coleguinha só gosta das outras meninas, as de pele clara, cabelo liso e olhos azuis. Hoje eu sei que essas e outras situações eram racismo na veia!", relembra Shirley.
"Por outro lado, sempre tive atitude, nunca fui conformada. Era excelente aluna, sempre oradora da turma e nunca baixei a cabeça, sempre argumentei", finaliza.
Confira uma publicação de Shirley Cruz com a atriz Fabiula Nascimento, que interpreta a executiva Nana, em Bom Sucesso.
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