Ator levou quatro anos de 'não' até chance em série da Record: 'Me dei sim'

Luan Argollo nunca quis saber de um plano B mesmo após quatro anos de "não" até receber um "sim" para o primeiro papal fixo na TV em Todas as Garotas em Mim. Intérprete de Plínio, ele sempre ralou para se sustentar no Rio de Janeiro, mas sem nunca perder o foco na carreira de ator --que o fez deixar Ilhéus, na Bahia, com apenas 18 anos.

"Engraçado falar de sim e não, porque até chegar a receber [o primeiro] 'não', eu me dei tantos sins que aprendi alguma forma. Foram quatro anos sem um 'sim' em trabalhos", brinca ele em entrevista ao Notícias da TV.

Essa negativa veio justamente em um teste para Malhação (1995-2000), em que chegou até a última fase. "Foram duas semanas de vivências intensas, bem diferente do meu cotidiano. Fiz amizades, me conheci mais, vi que ser artista tem a ver com ser humano, criatividade e que podia me sustentar com isso", explica.

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Argollo assume que, logo depois, descobriu que a parte de se sustentar não seria exatamente a mais fácil. "Sempre ralei para conseguir me sustentar e ter mais qualidade de vida, fiz muitos eventos. Mas, numa visão romântica, decidi seguir na carreira quando prometi para mim que ia respirar arte", solta.

A paixão, na verdade, começou pelo Rio. "Foi à primeira vista, mas o que me prendeu foram os teatros, o cinema. Em Ilhéus, para você ter noção, no cinema só passa filme Hollywoodiano e dublado", conta.

Ele, no entanto, frisa que jamais se envergonhou de suas origens e que elas até já o ajudaram em testes:

Gosto de ser de outro Estado, principalmente ser baiano. Sinto que quebra a expectativa das pessoas. Uma vez, num teste, me falaram que 'o nordestino nasce artista'. Achei engraçado. E um diretor me falou que 'para um personagem, a cada cem pessoas, só cinco são atores'. Então o lance é ser ator. Independentemente de ser de outro Estado, não ser filho de alguém importante ou ter grandes números na internet.