Narjara Turetta
Reprodução/Globo
A atriz Narjara Turetta em cena como a Zildete de O Outro Lado do Paraíso, na Globo
FERNANDA LOPES
Publicado em 10/1/2018 - 5h54
Coadjuvante em O Outro Lado do Paraíso, a personagem Zildete já é uma das mais marcantes da carreira de Narjara Turetta. Essa é a primeira novela que a atriz de 51 anos faz na Globo desde Salve Jorge (2012); nos últimos tempos, ela revela que pediu papéis em outras emissoras, como Record e SBT. Convidada para a trama das nove pelo diretor Mauro Mendonça Filho, Narjara se realiza e se emociona por retornar aos estúdios e poder contracenar com sua melhor amiga: Gloria Pires.
"A novela é uma delícia, nós nos divertimos muito. A Laura Cardoso é uma figura, ela alegra muito aquele ambiente. A Gloria nem se fala, porque ela é minha irmã, nossa primeira gravação foi muito emocionante. Só tínhamos contracenado uma vez em Direito de Amar (1987), e tinha outras atrizes também, mal nos falamos. Agora foi demais, foi bárbaro. Eu estava sentindo muita saudade. Quando me vi no set, foi muito gratificante, olhei para aquilo tudo e falei: 'Eu gosto disso'", conta.
Amiga há 37 anos da intérprete de Duda, Narjara chegou até a trabalhar como assistente de texto de Gloria em Babilônia (2015), soprando as falas no ouvido da amiga por ponto eletrônico. Sem papéis fixos naquela época, ela não tem problema algum de dizer que procurou trabalho em outras empresas.
"Tem gente que fala 'ela só quer a Globo', e não é verdade. Tenho bom relacionamento com Fernando Rancoleta [diretor de elenco de teledramaturgia da Record], mando email, foto atual, digo que estou à disposição. Também pedi [papel] no SBT, em Carinha de Anjo. Eles são muito educados, gentis, me respondem com simpatia. Na Globo também, pedir emprego não é vergonha. Os diretores precisam lembrar, quem não é visto não é lembrado", explica.
Nos últimos anos, Narjara Turetta chegou a passar por momentos difíceis por não conseguir oportunidades na TV; assim, foi buscar outros rumos profissionais. A atriz vendeu coco na praia na década de 2000 e, em 2016, aproveitou a Olimpíada para trabalhar como guia turística no Rio de Janeiro.
Narjara afirma que não tem vergonha dessas atividades e faria tudo de novo, mas hoje prefere se dedicar a ter um bom desempenho na novela e ao trabalho como dubladora, que exerce paralelamente há 11 anos.
"Dublo até nos intervalos das gravações. Tenho feito programas que passam no ID, do Discovery, como Pecados Mortais e The Lie Detective. Dublo novelas mexicanas também, fiz muitas que passaram no SBT, como Teresa (2015) e Coração Indomável (2015). Adoro dublar novela mexicana, é muito gostoso. É uma atuação diferente, tenho um carinho muito grande", conta ela.
VINICIUS BERTOLI/VPA Produções Artísticas
Narjara Turetta fez até um novo ensaio de fotos para celebrar sua boa fase com o corpo
A última bolacha do pacote
A carreira de Narjara Turetta na TV começou bem cedo. Aos 8 anos, foi apresentadora de Essa Gente Inocente (1974); aos 9, estreou nas novelas em Papai Coração (1976), da Tupi. A atriz teve papéis marcantes em tramas como Malu Mulher (1979), Amor com Amor se Paga (1984) e Selva de Pedra (1986).
Antes de O Outro Lado do Paraíso, Narjara havia feito uma participação em um episódio de Pé na Cova (2016) e decidiu que voltaria à TV transformada. Em 2017, ela perdeu 13 kg e levantou sua autoestima.
"Foi punk esse processo de emagrecer, cheguei a pesar 70 quilos com 1,62 m de altura. Por isso, comecei um trabalho com uma médica ortomolecular, que equilibra seus hormônios, e eu estava com os hormônios todos errados. Assim, o metabolismo começa a funcionar direito. Agora eu estou amando, me sentindo a última bolacha do pacote. Emagrecer mudou tudo na minha vida, não só na saúde mas na cabeça também", declara.
Realizada com o papel em O Outro Lado do Paraíso, Narjara ainda não tem planos definidos para depois que a novela acabar, mas sabe que quer continuar atuando (se possível, ao lado da melhor amiga).
"Eu e a Gloria ainda não temos um projeto juntas, mas nada impede de nós fazermos um filme, eu gostaria muito. Mas antes tenho dois monólogos para dar uma olhada. Quero poder abrir um leque na minha arte, acho que a gente não deve se acomodar. O que pintar a gente se vira, mas o que eu quero é estar na frente das câmeras, num palco ou dublando. É o que me traz uma alegria indescritível", conclui.
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