Sex Appeal
Divulgação/Globo
Luana Piovani, Camila Pitanga e Carolina Dieckmann em cena da minissérie Sex Appeal
REDAÇÃO
Publicado em 1/6/2018 - 5h23
Camila Queiroz, que ficou famosa como Angel, modelo que fazia book rosa em Verdades Secretas (2015), ainda nem tinha nascido quando a minissérie Sex Appeal estreou na Globo. Há exatos 25 anos, a atração revelou atrizes em papéis de modelos iniciantes, que tinham de lidar com complexos psicológicos, problemas familiares e ambição na carreira.
A trama de Sex Appeal girava em torno de um concurso de modelos, criado pela agência homônima para gerar repercussão na mídia e levantar o negócio. A vencedora ganharia US$ 200 mil (cerca de R$ 740 mil atualmente) e a oportunidade de morar fora do Brasil e crescer na carreira. A busca por dinheiro e fama era o ponto de partida da história, abordado pela trajetória das seis finalistas do concurso.
Todas as atrizes escolhidas para os papéis eram totalmente novatas na TV: Carolina Dieckmann, Danielle Winits, Luana Piovani, Camila Pitanga, Renata Lima e Cláudia Rangel. A última conta que todas passaram por uma bateria de um mês de testes.
"Ricardo Waddington [diretor] quis inovar, lançando vários jovens de uma vez num mesmo projeto, o que deu uma repercussão muito positiva na época. Nesse um mês, testaram jovens do Brasil todo, o que foi muito estressante mas também muito empolgante para nós", diz Cláudia.
Na trama, a modelo favorita do concurso era Angel (Luana Piovani). Porém, fora das passarelas, a moça enfrentava vários problemas. Era superprotegida pela mãe e traumatizada pelas perseguições do próprio pai, que ela não conhecia e achava que era um maníaco. A menina era tímida, reprimida e sofria com pesadelos. Apaixonada por Tony (Nico Puig), não conseguia viver o romance por causa de seus problemas familiares e psicológicos.
Patrícia (Renata Lima) e Vilma (Camila Pitanga) também tinham problemas pessoais que interferiam no concurso. A personagem de Renata Lima na verdade só havia se inscrito na competição para mostrar ao ex-namorado que era bonita e capaz de vencer na vida.
Já Vilma era uma moça simples da Bahia, sem grandes ambições profissionais, pensava só em casar e ter filhos. Perto das outras modelos, Vilma deixava claro seu complexo com o próprio corpo, por não se achar bonita o suficiente.
Essa questão não era um problema para Eva (Danielle Winits) e Andréa (Cláudia Rangel). A primeira era a mais ambiciosa, agia com frieza e fazia de tudo para conquistar seus objetivos. Garota do interior de Minas Gerais, ela era capaz de passar por cima das concorrentes para ficar rica e famosa.
Já Andréa era a mais experiente das modelos e via no concurso sua última chance para decolar na carreira. Era casada e tinha uma relação conturbada com o marido, além de ser viciada em drogas e em moderadores de apetite.
Por outro lado, Claudinha (Carolina Dieckmann) era a caçula e a mais madura do grupo. Aos 14 anos, era ela quem cuidava da mãe, uma mulher obcecada pelo ex-marido.
divulgação/globo
O cantor Supla teve um papel em Sex Appeal: ele interpretou o boxeador Dino na minissérie
Coadjuvantes
Os dramas funcionaram muito bem para a trama e para a carreira de quatro das seis protagonistas, que conquistaram muito mais espaço e papéis na TV nas décadas seguintes.
"É um trabalho muito especial pra mim, eu nem era atriz, era uma menina de 13 anos, passei em um monte de testes sem nem saber o que eu estava fazendo. Me descobri nessa minissérie com vontade de fazer coisas que eu nem sabia que existiam. É um trabalho muito especial", disse Carolina Dieckmann em entrevista ao Vídeo Show.
Além dela e das demais modelos, Sex Appeal lançou jovens atores, em papéis coadjuvantes. Felipe Folgosi chamou a atenção como Júlio, irmão viciado em drogas de Tony (Nico Puig), namorado de Angel.
Até Supla participou da história. Foi o primeiro trabalho do roqueiro na TV, que nos anos seguintes atuou também em Um Anjo Caiu do Céu (2001), Sítio do Picapau Amarelo (2004) e Carinha de Anjo (2017). Ele interpretava Dino, um boxeador amigo de Tony.
Com 20 capítulos, Sex Appeal estreou em 1º de junho de 1993 , fez sucesso na faixa das 22h30 e foi reprisada duas vezes: no Multishow em 2005 e no Viva em 2011. A minissérie também foi exibida em 14 países.
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