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REPRESENTATIVIDADE

Só tem rico na TV? Estudo denuncia que pobres são excluídos da mídia

REPRODUÇÃO/PARAMOUNT

Imagem de Cauê Campos como Kelson no filme Vai Dar Nada

Cauê Campos como Kelson no filme Vai Dar Nada; estudo aponta desafios da representatividade

Você enxerga pessoas similares à sua realidade na TV? Quando o assunto é status econômico, esse abismo fica mais evidente para a população brasileira. Segundo uma pesquisa realizada pela Paramount, cerca de seis a cada dez entrevistados afirmam que pessoas como eles não estão suficientemente representadas na mídia.

"O estudo nasceu para tentar compreender como as pessoas estão representadas nas telas, e arrisco dizer que um dos grandes achados foi justamente essa variedade da necessidade de representação. Talvez o estudo tenha nascido muito com essa questão racial e social, mas depois viu que é um tema muito mais variado que isso", analisa André Furtado, diretor de trade marketing da Paramount no Brasil, ao Notícias da TV.

Os dados são da pesquisa Meu Reflexo: Representatividade Mundial nas Telas, promovida pela empresa em 15 países. Para a reportagem, Furtado detalha o ranking obtido pelo estudo: "No recorte geral do Brasil, as pessoas reclamaram que o status econômico era o tema mais mal representado na tela, seguido por religião/crenças, raça/etnia, onde vivem e o país de origem".

"No Brasil, o que aparece com bastante força é o estilo de vida, referindo-se à condição socioeconômica. Os brasileiros que não se sentem representados nesse aspecto, não veem pessoas da mesma classe social que eles, pessoas da mesma região onde vivem, pessoas que vivam em casas como as que eles moram ou que tenham empregos e famílias como as deles", destaca um trecho do estudo.

A falta de diversidade no aspecto econômico também lidera os rankings de Argentina, Chile, Alemanha, Itália, Malásia, México e Polônia. "Em países mais desenvolvidos nos aspectos social e econômico, como Austrália, Alemanha e Reino Unido, aparece o tema da faixa etária. No Brasil, isso nem aparece nas cinco primeiras posições", compara o executivo.

Não estamos falando apenas de raça, gênero, orientação sexual. É importante também representar onde a pessoa vive, como ela vive, e representar da maneira adequada. O primeiro passo da representação é aparecer, isso é importante. Agora estamos em outra fase, e esse estudo ajuda a compreender isso, que é o como aparecer? Um lugar adequado de tela.

No Brasil, 88% dos entrevistados concordam que é necessário mais diversidade em programas de TV e filmes. O estudo integra uma iniciativa global da Paramount que visa combater preconceitos, estereótipos e discursos de ódio por meio da cultura da empresa e dos seus conteúdos.

Em solo nacional, uma das iniciativas da Paramount para fomentar a representatividade é o DE&I Hub, banco de talentos focado em pessoas diversas. Outra frente de ação é o Narrativas Negras, sala de conteúdo com roteiristas negros. O projeto visa colocar personagens negros em novos espaços dentro do audiovisual e fugir dos rótulos associados à violência ou ao tráfico de drogas.

O longa Vai Dar Nada, disponível no Paramount+, é um dos frutos dessa iniciativa, e a próxima empreitada dessa frente é o filme Escola da Quebrada, feito em parceria com a produtora Kondzilla.


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