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Fim da Guerra

Net volta a distribuir Record e SBT e encerra maior guerra da TV por assinatura

Lourival Ribeiro/SBT

Silvio Santos distribui dinheiro em seu auditório: empresário será remunerado pela TV paga - Lourival Ribeiro/SBT

Silvio Santos distribui dinheiro em seu auditório: empresário será remunerado pela TV paga

DANIEL CASTRO

Publicado em 8/9/2017 - 15h32
Atualizado em 8/9/2017 - 18h11

Maior operadora de TV por assinatura do pais, a Net fechou contrato com a Simba e voltou a distribuir os sinais de Record, SBT e RedeTV! nesta sexta-feira (8), encerrando um blecaute que já durava cinco meses na Grande São Paulo e no Distrito Federal. O acordo foi assinado hoje, e os sinais das três redes foram restabelecidos pouco depois das 18h. 

O contrato também vale para a Claro TV, operadora do grupo Telecom Américas assim como a Net. As duas empresas tinham em maio 9.511.209 assinantes, 51% do mercado de TV paga brasileiro.

A Net e a Claro, como fizeram em agosto Sky e Vivo, concordaram em pagar um valor por assinante para as três redes de TV, que até março respondiam por quase 20% de toda a audiência do cabo e do satélite.

O valor não foi divulgado. Inicialmente, a Simba Content, empresa formada pelas três emissoras, pedia R$ 15,00 por assinante.

Record, SBT e RedeTV! voltaram ao line-up da digital Net nos mesmos canais que estavam antes, respectivamente 519, 509 e 508. As operadoras optaram por não fazer alarde com o retorno das emissoras.

O contrato com a Net e a Claro encerra a maior guerra já travada entre emissoras e operadoras de TV por assinatura. Das grandes do mercado, apenas a Oi (1,4 milhão de assinantes) ainda não fechou acordo.

No final de março, as emissoras da Simba adotaram estratégia sugerida por Silvio Santos e decidiram partir para o confronto. Notificaram as operadoras que elas, sem um acordo comercial, não poderiam mais carregar seus sinais digitais no Distrito Federal e na Grande São Paulo, primeiras metrópoles a desligarem a TV analógica.

Até então, todas as redes abertas eram carregadas gratuitamente pela TV por assinatura. Com a lei 12.485/11, que atualizou a legislação do setor, as emissoras passaram a ter o direito de cobrar por seus sinais digitais.

Quando partiram para o confronto com as operadoras, as emissoras esperavam um clamor popular favorável a elas. Seus executivos imaginavam que, assim como ocorrera na disputa entre Fox e Sky, em janeiro, os telespectadores cancelariam assinaturas e protestariam nas redes sociais. 

Em 30 de março, as três redes saíram do ar nas principais operadoras em São Paulo e no Distrito Federal, e o clamor popular que as redes esperavam não aconteceu.

Pelo contrário, elas foram as maiores prejudicadas. Suas audiências caíram até 30%. Com exceção do SBT, até hoje elas não recuperaram a audiência que tinham em março. Para as operadoras, o corte também não foi bom. Elas perderam 136.787 assinantes em maio, segundo a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

Em crise, a Simba trocou seu executivo responsável pelas negociações com as operadoras. Saiu o ex-banqueiro Marco Gonçalves e entrou Ricardo Miranda, ex-presidente da Sky, nome de confiança do mercado de TV por assinatura.

Em junho, com o desligamento do sinal analógico em Goiânia, as negociações tiveram um grande avanço. A Simba finalmente acenou com um preço que as operadoras estavam dispostas a pagar. Assim, conseguiu manter as três redes na TV paga em Goiás, mesmo sem um acordo comercial.

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