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COLUNA DE MÍDIA

De A Fazenda 15 para BBB 24, Kwai abre o bolso para conquistar brasileiros

DIVULGAÇÃO/KWAI

Claudine Bayma, diretora-geral do Kwai Brasil

Claudine Bayma, diretora-geral do Kwai Brasil; executiva detalha estratégia da plataforma

Os vídeos curtos ganham cada vez mais espaço e protagonismo nas redes sociais dos brasileiros, entre elas, o Kwai. Com mais de 48 milhões de usuários mensais em território nacional, a plataforma de origem chinesa abriu o bolso ao longo do último ano e investiu nos maiores realities do país (A Fazenda 15 e BBB 24) para ampliar a base de fãs e brigar com outros gigantes do setor, como TikTok, Instagram e YouTube.

"Se tem um ano que fizemos coisas e bombamos, foi esse. A parceria com a Record foi muito importante. Desenvolvemos um projeto robusto a quatro mãos, e a emissora entendeu que nossa ideia não é substituir o lugar da mídia tradicional", afirma Claudine Bayma, diretora-geral do Kwai Brasil, em entrevista exclusiva ao Notícias da TV.

"Somos uma plataforma que vem complementar a experiência de conteúdo. Com o BBB 24, pretendemos fazer algo completamente diferente do que fizemos em A Fazenda 15. Reality show é algo muito importante para nós, pois oferece uma extensão de conteúdo, fomenta comunidades e a voz dos usuários", complementa.

Em 2023, a plataforma foi uma das principais patrocinadoras do reality rural, com direito a uma câmera exclusiva no confinamento e a contratação da apresentadora Adriane Galisteu e dos ex-peões Rachel Sheherazade, Lucas Souza e Cariúcha para a produção de conteúdo original.

No BBB 24, a executiva mantém o mistério sobre como será a parceria, mas reforça a promessa de que será algo "completamente diferente" devido ao DNA inovador da empresa, que chegou ao Brasil em 2019 e viu um aumento superior a 500% na base de usuários nacionais ao longo desses quatro anos. Atualmente, cada usuário da plataforma fica, em média, 65 minutos por dia nela.

"Queremos servir de conteúdo os mais diversos interesses, não apenas em reality e entretenimento, como também em esporte, informação, culinária, entre outros. Temos uma preocupação em diversidade de portfólio, tanto que fizemos uma parceria com a CNN Brasil nas eleições de 2022 e nos cem primeiros dias de governo em 2023", reforça a executiva.

Ao longo da trajetória profissional, Claudine trabalhou em empresas reconhecidas pela produção de conteúdo, como Globo, Sony e Discovery. E, à primeira vista, a rede social não seria uma produtora, mas uma plataforma de distribuição. Contudo, a líder do Kwai no Brasil argumenta que o segredo para o sucesso é o material --de preferência, exclusivo.

"Pela própria natureza, a TV tem uma série de limitações, como tempo e recursos. No digital, isso não ocorre, e existem ferramentas que ajudam no engajamento do espectador. Com a minha experiência, fica muito clara a importância da exclusividade do conteúdo, trazer outro olhar ao usuário", destaca.

De olho no Brasil para crescer

Nos últimos anos, além da parceria com os realities, o Kwai investiu mais de R$ 250 milhões no programa de parceria com criadores de conteúdo no Brasil. Um dos focos desses recursos é o TeleKwai, iniciativa para a produção de mininovelas.

"Investimos cada vez mais no projeto, acredito que é um dos principais diferenciais da plataforma. O TeleKwai representa cerca de 20% dos nossos investimentos nos criadores. Temos uma rede gigantesca de produtores, tanto que criamos uma mininovela com a participação da Gaby Spanic, outra com a Gretchen. Produtoras como a Endemol Shine Brasil e o Porta dos Fundos integram essa rede, que também é uma oportunidade para as marcas se comunicarem de forma mais orgânica. ELO, Skol, Cheetos, Sorriso, Tang e Coca-Cola são algumas das empresas que já produziram materiais no TeleKwai", diz.

Para a reportagem, Claudine adianta que uma das próximas produções inéditas do TeleKwai contará com a presença de um famoso apresentador e que um dos focos em 2024 é expandir o Kwai Shop, ferramenta que permite ao usuário fazer compras diretamente na plataforma.

"Apostamos na implementação e no crescimento do e-commerce. Temos buscado parcerias em diferentes segmentos, desde empresas logísticas até em criadores de conteúdo especializados em venda ao vivo para crescermos. Costumo dizer que o vídeo curto foi o começo da história. Hoje, somos muito mais, pois a empresa como um todo entende que o Brasil é um mercado relevante, é onde queremos estar e onde queremos crescer", comenta Claudine.

E esse interesse no Brasil não é à toa. O país é um dos maiores mercados do Kwai fora da China, tanto que tornou-se um hub para investimentos em tecnologia e novos formatos, que vão desde o e-commerce até uma central de games e ferramentas que possibilitam ao usuário consumir conteúdos enquanto encontra-se sem internet.

"E com os investimentos nos produtores e nos comerciantes locais, queremos fomentar a economia, pois a empresa tem esse olhar para o Brasil, que somos um país importante para o negócio", finaliza.


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