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Análise

Confeiteiro atrai multidão e mostra que TV paga tem força de TV aberta

Divulgação

O confeiteiro Buddy Valastro é cercado por multidão de fãs no shopping Eldorado, em São Paulo - Divulgação

O confeiteiro Buddy Valastro é cercado por multidão de fãs no shopping Eldorado, em São Paulo

DANIEL CASTRO

Publicado em 24/7/2014 - 19h22
Atualizado em 25/7/2014 - 6h20

RESUMO: Ao atrair uma multidão para um shopping de São Paulo, no último domingo, parando o trânsito na marginal Pinheiros, o confeiteiro norte-americano Buddy Valastro mostrou que a TV por assinatura já é um fenômeno de massa e tem força de televisão aberta. O serviço já está presente em quase 30% dos lares do Brasil, e os programas de Valastro foram vistos por 10 milhões em um ano e meio

Um fato relevante passou quase despercebido pela imprensa. No último domingo, uma multidão lotou o shopping Eldorado, um dos maiores de São Paulo. O evento estava marcado para as 16h, mas oito horas antes, o shopping já estava cheio. Às 13h, as quase 3.000 vagas do estacionamento estavam todas ocupadas. Durante a tarde, o trânsito nas cercanias do Eldorado parou, travando a marginal Pinheiros, uma das principais vias expressas da cidade.

O mais intrigante é que a multidão não estava atrás de um rock star, muito menos convocada pela Globo para uma tarde com o mais querido dos galãs. Eram fãs de Buddy Valastro, 37 anos, o Cake Boss, um confeiteiro norte-americano, apresentador de programas de TV exibidos no Brasil por dois canais pagos, o Discovery Home & Health e o TLC.

"Saí de casa às 8h da manhã para tentar pegar uma senha para tirar fotos com ele. Mas cheguei no shopping e já havia uma fila imensa, gente que tinha dormido na fila", conta a dona de casa Ivone Bernardo Lulho Bonjoch, 47 anos. "Sou fã dele porque ele faz bolos exóticos, porque gosto de reality shows e porque ele conta a história de cada bolo. O Buddy é muito simpático, parece que ele está sua cozinha", justifica Ivone.

Valastro tem fãs como Ivone em todo o país. No evento de domingo, havia gente do Acre, de Natal e Porto Alegre. Do interior de São Paulo, vieram caravanas em ônibus. Todos queriam apenas tirar uma foto ou ver Valastro preparando bolos a poucos metros de distância. Não existem números de quantas pessoas foram ao shopping só por Valastro. Em dias "normais", o Eldorado recebe 40 mil visitas. Domingo foi mais do que "normal".

A multidão que foi atraída ao shopping Eldorado participou de um momento histórico da TV por assinatura no país. O que aconteceu domingo passado foi um marco, um "case". Pela primeira vez, a TV paga mostrou que tem uma força que até então se pensava só existir na TV aberta. A TV paga mostrou que, sim, é um fenômeno de massas.

Um fenômeno que os números do Ibope não revelam de uma só vez. Os programas de TV por assinatura raramente superam a marca de um ponto. Numa perspectiva maior, no entanto, são relevantes. De janeiro de 2013 a junho de 2014, mais de 10 milhões de telespectadores diferentes viram pelo menos um dos três programas de Buddy Valastro em cartaz nos canais do grupo Discovery. Dez milhões é muita gente. Mais do que a população da Suécia.

A TV por assinatura já está presente em quase 20 milhões de domicílios, quase 30% de todo o país. Dobrou de tamanho nos últimos quatro anos. Em São Paulo, metade das residências já é servida por operadora de cabo ou de TV paga via satélite. O "case" Valastro mostrou que existe vida além de Globo, SBT, Record e Band. A TV por assinatura, sim, é um mercado relevante.


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