BOA OU RUIM?
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Ben (Skyler Gisondo) em cena do documentário O Dilema das Redes: personagem ficcional fica viciado
O documentário Dilema das Redes (2020) estreou na Netflix no início de setembro, mas ainda é assunto entre os internautas. Caixa de Pandora das mídias sociais, o título fez considerações que provocaram uma onda de reflexão em quem não tinha noção sobre como é o modelo de negócio dessas plataformas. O discurso do filme foi tão poderoso que fez até o Facebook se pronunciar para rebater alguns pontos da narrativa.
Mas, apesar de ter algumas falhas, o documentário não é o único título que aborda o lado ruim das redes sociais. Privacidade Hackeada (2019) também está disponível na Netflix e fala sobre o caso da Cambridge Analytica e como a manipulação dos dados pela empresa influenciou parte dos votos da eleição norte-americana de 2016.
A história se tornou tão famosa que o CEO do Facebook teve que prestar contas no Senado dos Estados Unidos e prometeu trabalhar em medidas para que a rede social não seja tão influente a ponto de determinar uma eleição.
Para quem quer continuar assistindo a títulos que abordam o lado mais catastrófico das redes ou relembrar o que a internet tem de bom para oferecer, confira a lista do Notícias da TV com três documentários para temer e duas obras que te farão abraçar as plataformas digitais:
Reprodução/netflix
David Caroll processou a Cambridge Analytica
Além de contar o caso Cambridge Analytica, o título apresenta o professor universitário David Caroll. O norte-americano descobriu que a empresa roubou seus dados por meio de um quiz no Facebook e processou a companhia para receber todas as suas informações pessoais de volta.
Por meio da narrativa de Caroll, o título discorre sobre como a manipulação de dados do Facebook foi fundamental para manipular o senso crítico de parte dos eleitores norte-americanos.
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Michele é uma das personagens do filme
O documentário produzido pela atriz Rashida Jones, ex-The Office (2005-2013), conta a história de algumas atrizes de pornôs amadores. Apesar de o nome sugerir que essas produções tenham sido gravadas espontaneamente, há um nicho lucrativo da indústria pornográfica que ganha dinheiro com mulheres desconhecidas e de carreiras curtas nesses empregos.
Hot Girls Wanted (2015) acompanha a vida de algumas dessas atrizes e mostra o tipo de vida precária que levam, com baixo salário e abuso moral. Em sua maioria, elas são garotas que acabaram de atingir a maioridade e foram seduzidas com uma promessa de vida glamourosa na indústria.
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Paris Hilton participa do documentário
Em O Império dos Memes (2019), o documentário acompanha a vida luxuosa de alguns influenciadores digitais famosos, como a socialite Paris Hilton, DJ Khaled, a atriz Britany Furlan e o promoter Kirill Bichutsky.
Apesar do chamativo estilo, o título aborda as consequências de ser acompanhado o tempo inteiro. Paris Hilton diz não confiar em ninguém por conta da fama excessiva. Já Brittany Furlan foi diagnosticada com depressão após seu negócio falir em razão do fechamento da plataforma Vine, na qual ela postava vídeos.
Reprodução/vimeo
As gêmeas Samantha Futerman e Anais Bordier
A internet também pode ser um lugar de reencontros. Em Twinsters (2015), disponível no Vimeo, Samantha Futerman documenta o encontro com a irmã gêmea Anais Bordier. Elas foram separadas ainda recém-nascidas e não sabiam da existência uma da outra.
O reencontro aconteceu após 25 anos. Em fevereiro de 2013, Anais entrou em contato com Samantha pelo Facebook, depois de descobrir um vídeo da irmã no YouTube e se assustar com a semelhança. Por meio das redes sociais, elas trocaram mensagem e descobriram sua real origem.
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Deanna Thompson participou da caçada online
A união da internet também ajudou a levar um assassino para trás das grades. O documentário Don't Fuck with Cats (2019), disponível na Netflix, conta a história de um grupo de amigos no Facebook que procurou durante anos a identidade de um sádico que postava vídeos matando gatos.
O assassino se tornou uma pessoa tão doentia que decidiu matar um homem e publicou o vídeo da execução. Por meio das gravações e investigações paralelas, o grupo chegou ao nome de Luka Magnotta, e ele acabou preso.
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