ESTREIA NA TV PAGA
Fotos: Divulgação/Warner Bros.
Ryan Gosling (de costas) em cena de Blade Runner 2049: clima futurista até nos bastidores
LUCIANO GUARALDO
Publicado em 27/12/2017 - 6h21
Atualizado em 27/12/2017 - 10h32
Um dos maiores clássicos da ficção científica, Blade Runner, O Caçador de Androides (1982) ganhou neste ano uma aguardada continuação, Blade Runner 2049, que chega nesta semana à TV paga. Para trabalhar na produção, porém, o elenco teve que se sujeitar a uma série de restrições para garantir que nada sobre o filme vazasse antes da hora. Era tanto sigilo que inventaram até um sistema de autodestruição para o roteiro. Ele se deletava sozinho horas depois do fim das filmagens do dia.
As medidas de segurança foram reveladas pelo ator Lennie James, que já está acostumado a trabalhar em um esquema de sigilo absoluto: ele interpreta o Morgan da série The Walking Dead e, em breve, estará na derivada Fear the Walking Dead, ambas rodadas em clima de mistério. Mas, segundo ele, o mistério que cerca a série de zumbis não chega aos pés dos segredos no estúdio de Blade Runner 2049.
De acordo com James, em entrevista ao site Digital Spy, a onda de sigilo começava antes mesmo de o contrato ser assinado: os produtores e o diretor Denis Villeneuve faziam a proposta aos atores, que tinham apenas 36 horas para decidir se aceitavam ou não o papel. Para ajudar na escolha, recebiam as primeiras 20 páginas do roteiro e algumas cenas soltas envolvendo seus personagens.
Mesmo depois de aceitarem trabalhar no filme, os envolvidos não tinham acesso ao texto completo: o desfecho, por exemplo, não estava incluído em nenhum roteiro e era adiantado apenas oralmente para o elenco, até o dia da gravação.
Todos os contratados também foram obrigados a assinar um acordo que os impedia de falar sobre o filme; quem quebrasse a regra teria que pagar uma multa pesada.
A vigilância era tão grande que todos os membros da equipe e do elenco eram revistados antes de entrar no estúdio. Celulares e câmeras eram proibidos.
Os atores ainda precisavam assinar os roteiros das cenas que gravariam no dia, assim que entrassem e ao saírem do set. Quem não assinava era impedido de deixar o estúdio.
Para se certificar de que nenhum ator fizesse cópias do texto, os roteiros eletrônicos poderiam ser abertos em um único aparelho (computador, notebook, celular ou tablet). Depois, só poderiam ser acessados nesse mesmo equipamento. Dar um print na tela? Nem pensar.
O arquivo também era apagado automaticamente assim que o ator encerrasse sua participação. No caso de Lennie James, seu roteiro sumiu completamente nove horas depois de ele sair do estúdio pela última vez.
Agora, o longa chega à TV paga, e todos os mistérios sobre a produção podem ser revelados. Blade Runner 2049 está disponível para locação no Now, plataforma de vídeo sob demanda das operadoras Net e Claro TV, por R$ 16,90. A produção de 1982 também pode ser vista sem custo adicional para assinantes da HBO ou por R$ 5,90 para quem não tem esse pacote.
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