Maromba, Viola Davis sua a camisa com 3,5 horas de treino por dia: 'Fortona'

Viola Davis não está de brincadeira ao dizer que se dedicou de corpo e alma para A Mulher Rei. A atriz contou que passou por uma rotina militar para encarnar Nanisca, que comanda um pelotão de elite composto só por mulheres no reino do Benin. "Eu fiquei fortona", brinca.

A artista deu detalhes sobre a preparação para o longa-metragem em coletiva de imprensa na segunda (19), no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. "Eu às vezes saía de um treino de força, já coberta de suor, e apenas trocava de camiseta para encarar mais três horas e meia de artes marciais", explica.

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A intérprete de 56 anos diz que a preparação foi fundamental para que as atrizes chegassem ao set de filmagem, na África do Sul, e mergulhassem no universo das agojies.

Ela, inclusive, se recusa a usar o termo amazonas para se referir às guerreiras, a fim de colocar a cultura da África Ocidental como referência no lugar dos mitos gregos no imaginário do público.

Eu passei dez anos da minha vida estudando atuação e interpretei personagens clássicas a vida inteira. Nunca senti pertencimento. De repente, ao lado daquelas mulheres de pele retinta e cabelos crespos, de tanta beleza, eu me senti no meu mundo. Eu pude entender a complexidade de ser uma mulher preta.

Enegrecer Hollywood

Viola ainda falou sobre a possibilidade de A Mulher Rei representar um marco para outros blockbusters trazerem mulheres negras como protagonistas. Ela, porém, não o considera um filme de ação. "Trata-se de um drama histórico com ação", ressalta.

Há a Viúva Negra, a Capitã Marvel, a Lara Croft. Se você pode gastar seu dinheiro para assistir a Brie Larson, Scarlett Johansson e Angelina Jolie protagonizando filmes de ação e chutando bundas, não pode ver uma mulher preta fazendo o mesmo? Se a resposta for não, aí temos uma outra questão.