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NO PARAMOUNT+

O Sequestro: Ator de La Casa de Papel vive exílio tortuoso em filme sobre ditadura

DIVULGAÇÃO/PARAMOUNT+

Rodrigo de La Serna sério no filme O Sequestro

Rodrigo de La Serna em cena de O Sequestro; filme estreia nesta sexta (3) no Paramount+

Rodrigo de la Serna deu vida ao misterioso Palermo em La Casa de Papel (2017-2021), mas encarou um papel ainda mais difícil no filme O Sequestro. A obra, que chega nesta sexta (3) ao Paramount+, conta a história de um exilado que volta à Argentina com o fim da Ditadura Militar (1966-1973). Seu sentimento de esperança, porém, vai por água abaixo rápido demais ao ter seu irmão sequestrado em plena luz do dia.

No longa-metragem, fica cada vez mais clara a ligação entre sequestradores e militares, e cada vez mais visível que o país não conseguiria prosperar da maneira que desejava depois de passar por um período tão sombrio.

Inspirado em El Salto de Papá (O Salto do Papai, em tradução livre), do escritor Martín Sivak, o filme abusou da liberdade criativa e fez mudanças bem significativas na história. Na obra literária, Sivak conta a história de próprio pai, Jorge, um advogado que precisou negociar a liberdade do irmão.

"O livro retrata 30 anos e trabalha muitos momentos históricos da Argentina, a transição da ditadura para a democracia. Foram trabalhados dois níveis: o drama familiar e o processo histórico, e o livro abriu algo que geralmente não é revisitado, que é como funcionavam a força de trabalho e as instituições policiais durante a democracia. Muita coisa não mudou entre a ditadura e a democracia nesse sentido", destrincha a diretora Daniela Goggi em entrevista ao Notícias da TV.

"Precisávamos encontrar na ficção quais lugares nos dariam maior liberdade para poder construir um thriller político com o qual o romance nada tem a ver. Então, acho que um ponto de partida para começar era reunir muitos casos de sequestros exorbitantes que aconteceram também durante a democracia, que ficaram como ressaca da Ditadura Militar", acrescenta.

Para Rodrigo, criar o personagem inspirado em uma situação tão pesada foi doloroso e intenso. "Foi muito difícil gerir tantas emoções --e geri-las mal. É preciso pensar que é também a síntese de uma geração a esse nível, não só politicamente, não só socialmente, mas a nível emocional. E ao nível que o patriarcado impôs a estes seres humanos do sexo masculino", conta o ator.

"Do tipo: não comuniquem emoções, não peçam ajuda, não recusem mandatos familiares, vocês têm que assumir esta empresa, você é homem.  Administrar essas contradições e não comunicá-las externamente, não pedir ajuda, não chorar, não pedir abraços, não pedir conselhos. Bem, isso foi muito, muito difícil, muito intenso", pondera.

Com o filme, tanto a diretora quanto o ator esperam mostrar a intensidade de como os processos políticos afetam a vida das pessoas. "Acho que o filme te coloca em um estado emocional e te ajuda a entender que os processos históricos mudam a vida das pessoas, porque processos históricos injustos e arbitrários mudam o destino de um país, se quiserem", finaliza a cineasta.

Assista ao trailer de O Sequestro:


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