ISOLADO NA PANDEMIA
Divulgado/Lionsgate
Astro de Teen Wolf, Tyler Posey vive a versão de Adão em um apocalipse zumbi em Isolado na Pandemia
Com a cultura pop saturada de produções que usam o apocalipse zumbi como premissa inicial, é difícil encontrar obras do gênero que sejam realmente originais. Em Isolados na Pandemia (2020), o ex-astro teen Tyler Posey (Teen Wolf) revive a história de Adão e Eva entre os mortos-vivos em uma trama que aparenta ser nova, mas não é.
Dirigido por Johnny Martin, o longa apresenta Aidan (Posey, vivendo a versão apocalíptica de Adão), um rapaz solteiro que vive sozinho em seu apartamento. Depois de uma noitada, ele acorda de ressaca apenas para presenciar o mundo que conhece desmoronar.
Nas ruas, as pessoas começam a enlouquecer pouco a pouco, gritando, correndo e atacando umas às outras --como em todo começo de filme sobre zumbis. Na TV, os jornalistas informam a aparição de um novo vírus responsável por causar a pandemia.
Preso em seu apartamento e sem conseguir se comunicar com a família, Aidan se atualiza apenas pelo noticiário enquanto grava vídeos em seu notebook que talvez nunca serão vistos. Conforme as semanas passam, o rapaz começa a perder a sanidade --até o dia em que descobre que, no prédio ao lado, mora outra sobrevivente.
Se uma história sobre apocalipse zumbi já não é novidade em 2021, em Isolado na Pandemia isso se torna mais aparente com a chegada de Eva (Summer Spiro). Acontece que o longa foi escrito pelo roteirista Matt Naylor, o mesmo que escreveu #Alive, filme sul-coreano que teve destaque na Netflix no ano passado sobre, claro, um jovem preso em seu apartamento durante um apocalipse zumbi.
Mesmo com tramas idênticas, as duas produções se diferem por carregarem características de suas respectivas escolas de cinema --boas e ruins. Enquanto #Alive bebe da recente onda de boas ficções vindas do oriente asiático, Alone sofre por vir de um mercado que apresentou, para ficar em apenas um exemplo, o fenômeno The Walking Dead.
Esforçado, Tyler Posey tenta carregar nas costas a primeira meia hora de filme perfomando os efeitos do isolamento solitário, com água e bebida ficando escassos dia após dia. É nítido, porém, que um ator com mais qualidade daria outro peso e elevaria o nível do filme de Martin. Nem a entrada de Summer e a construção do "último casal do mundo" ajuda a restaurar a empatia pelo protagonista.
Na comparação com The Walking Dead, fica escancarado que a releitura de Adão e Eva em um mundo de zumbis nada mais é do que um filme de baixo orçamento (e qualidade) tentando achar um espaço dentro de um nicho já saturado.
Isolado na Pandemia estreia no Telecine Premium nesta sexta-feira, às 22h. Confira abaixo o trailer legendado:
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