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ISIS PESSINO

Em As Polacas, atriz explora passado sombrio e pouco conhecido do Brasil

DIVULGAÇÃO

Uma mulher com cabelo castanho claro, ondulado e curto, veste um blazer cinza. O fundo é azul claro, destacando a expressão serena dela.

A atriz Isis Pessino interpreta Helena, uma vítima do tráfico humano, no filme As Polacas

DANIEL FARAD

vilela@noticiasdatv.com

Publicado em 18/1/2025 - 11h00

Em As Polacas, a atriz Isis Pessino dá vida a uma das inúmeras mulheres do Leste Europeu que foram traficadas para o Brasil no início do século 20. O termo, inclusive, até hoje é sinônimo de prostituição no sul da Brasil. A intérprete de Helena conta que sempre teve o distanciamento necessário para viver personagens densas --colocando-se a serviço de uma história pouco conhecida até mesmo pelos brasileiros.

"Não vejo a personagem como algo que eu incorporo, onde me perco e viro outra pessoa. Não é manter distância, porque o caminho que faço é justamente o de aproximação: ver onde existe em mim a energia que a cena precisa", explica a artista, em entrevista ao Notícias da TV.

"E mesmo experimentando a atmosfera tensa que existe em As Polacas, por exemplo, encontro prazer nessa pesquisa intensa porque estou a serviço da história que precisa ser contada", complementa.

Isis também deixa claro que, como ser humano, não consegue ficar impassível diante de um horror que, infelizmente, está longe de ser apenas ficção:

Já fiz personagens bem pesadas, mas pensar nisso enquanto obra artística me dá orgulho, esperança de pôr isso em debate. O que eu levo para casa e acaba com meu dia são os horrores desse sistema que vivemos, isso sim, e a ficção é onde podemos trabalhar esses sentimentos.

Em 2025, Isis quer abordar outros temas, como a maternidade, com o espetáculo Circo da Palhaça Socorro, em que atua como diretora. Ela escolheu o humor para falar da realidade de tantas porque ajuda a desnaturalizar o olhar do telespectador:

Desde a Grécia Antiga a comédia era o gênero no qual se fala sobre coisas sérias, como política, denúncia dos problemas do povo. E o riso, aliás, relaxa a gente. Ficamos mais receptivos, abertos para ideias. Falar de maternidade com a palhaça Socorro [Lívia Feltre] é muito transformador, a palhaçaria trabalha com a partir do ridículo em nós, do erro –isso já é um tipo de revolução

Além do cinema e do teatro, uma parte do público pode conhecer a atriz de outros trabalhos, como Deus Salve o Rei (2018) e Amor de Mãe (2019). "Eu adoro o ritmo da novela, essa imersão intensa, e adoro a ideia de obra aberta, começar algo sem saber como termina. É uma responsabilidade muito grande estar em contato com um público tão enorme, são muitos profissionais envolvidos, tenho muito respeito por esse trabalho", diz.

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