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CRÍTICA

Boa notícia aos fãs de Wicked: Podem carimbar seu passaporte para Oz sem medo

Divulgação/Universal Pictures

Uma mulher com o rosto verde e chapéu preto de bruxa e uma jovem loira com vestido rosa têm expressões surpresas

Cynthia Erivo (Elphaba) e Ariana Grande (Glinda) dão show de atuação na adaptação de Wicked

MARCELA BONAZZI

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 20/11/2024 - 14h30

Os fãs de Wicked que esperam há anos por uma adaptação do musical da Broadway para o cinema não vão se decepcionar com o filme dirigido por Jon M. Chu que finalmente estreia nesta quinta-feira (21) em salas de cinema de todo o Brasil.

Fã de carteirinha de Wicked, Chu sabia o desafio que assumiu: adaptar uma obra já consolidada no teatro e com uma base de fãs muito exigentes. Além disso, ele tinha que acertar em cheio na escolha das protagonistas --porque, sem uma boa química entre as atrizes, o filme não funcionaria.

O cineasta mais do que cumpriu sua missão, entregando uma obra redonda, que deixa o público vidrado do começo ao fim e faz as duas horas e 40 minutos de duração passarem voando.

Mas vamos ao que interessa: o filme está realmente bom? A resposta curta é "absolutamente sim". A mais longa vem agora, contada em detalhes.

O elenco

A química entre Ariana Grande (Glinda) e Cynthia Erivo (Elphaba) é tão boa que elas parecem estar dividindo a tela há anos. 

Ariana era a escalação que mais causava receio, mas as pessoas não sabiam (ou não lembravam) que ela é uma "theatre kid", termo muito usado nos Estados Unidos para indicar alguém que cresceu no meio do teatro. Antes de ser lançada como estrela da Nickelodeon, ela esteve nos palcos da Broadway.

Só uma pessoa que já amava e respeitava tanto Wicked poderia entregar uma Glinda como a Ariana. Da perninha esticada ao bate-bate de cabelo, ela usou tudo o que a personagem representa nos palcos e ampliou para o cinema. Durante o filme, ela é Glinda, e a artista pop ficou de escanteio --ainda bem!

De Cynthia Erivo, era mais fácil esperar algo grandioso. A apenas um Oscar de distância de se tornar EGOT (ganhadora de estatuetas do Emmy, Grammy, Oscar e Tony), a atriz é um talento consolidado --exatamente o que uma personagem como Elphaba pede.

Ela entrega uma atuação delicada nos momentos de ingenuidade e mostra sua força quando Elphaba decide tomar para si as rédeas do seu poder. Pegar uma personagem que mal fica fora de cena e navegar com tanta delicadeza pelas nuances dela merece todos os elogios que já vieram e os que ainda estão por vir.

Fora as duas protagonistas, o destaque fica com Jonathan Bailey, o Fiyero. Ele trabalha muito bem a futilidade do personagem, mas construindo as camadas de quem não é tão "genuinamente egocêntrico e profundamente superficial" quanto os outros pensam. Aliás, Jonathan, mais conhecido por interpretar Anthony na série Bridgerton, também é cria do teatro.

Trilha sonora

Aqui, vamos direto ao ponto: sim, Defying Gravity é tudo aquilo que você espera --e um pouco mais! O que os palcos trazem de limitação no voo icônico, o filme faz decolar (com o perdão do trocadilho).

O número de Popular, momento de maior destaque de Ariana, ficou leve e divertido, com uma coreografia 100% Glinda.

The Wizard and I é o número que faz querer assistir ao filme mais de uma vez, pois tem vários cenários diferentes, e muitos detalhes que, se você piscar, vai perder. Dá até pra ver a Elphaba não verde com um esperto truque de luzes.

Os fãs vão se arrepiar dos primeiros acordes de No One Mourns the Wicked até o grito final da Elphaba, não tenha dúvidas.

Do palco para a tela

Quem já viu a versão da Broadway no palco vai reconhecer alguns detalhes --como a capa de Elphaba no voo de Defying Gravity--, mas o filme tem a chance de extrapolar os detalhes.

Vemos mais da infância de Elphaba, da terra dos Munchkins e até da história do Mágico com os cidadãos de Oz (é na cena de One Short Day que os fãs do elenco original devem ficar com os lencinhos em mãos).

No geral, Wicked é uma baita homenagem para quem já é fã e uma obra impecável para quem vai ser apresentado a ela só agora. A sensação que fica ao sair do cinema é que é um filme feito por fãs, para fãs, sejam eles novos ou de velha data.

A versão dublada do filme conta com Myra Ruiz e Fabi Bang como as vozes de Elphaba e Glinda, respectivamente. As duas repetem no cinema as personagens que viveram nos palcos brasileiros. Confira o trailer de Wicked:


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