HOMECOMING
REPRODUÇÃO/ NETFLIX
Beyoncé dançando no Coachella, apresentação que deu origem ao documentário Homecoming, da Netflix
LUIZA LEÃO
Publicado em 17/4/2019 - 16h11
Beyoncé ganhou um documentário para chamar de seu na Netflix: Homecoming. Em pouco mais de duas horas do longa que estreou nesta quarta-feira (17), a cantora mostra toda a preparação para o Coachella de 2018, em um espetáculo que marcou a estreia de uma mulher negra no principal palco do festival de música pop, um dos mais importantes do mundo. Avessa à imprensa e à exposição de sua vida pessoal, a cantora revela no filme um momento de intimidade ao lado de sua filha mais velha, Blue Ivy, de 7 anos.
No filme, o discurso de representatividade ditado por Beyoncé à sua produção durante os oito meses de preparação para o show é todo costurado com o espetáculo que corpo de baile e cantora apresentam juntos no palco.
A mescla deixa o documentário menos cansativo. No palco, sempre cores, luzes, show pirotécnico, coreografias bem ensaiadas, figurinos modernos e, como é de praxe se tratando da diva pop, sensuais.
Os bastidores são mostrados, na maior parte dos casos, em preto e branco. Assim, a música cede espaço para a voz da cantora com discursos de valorização da cultura negra.
Homecoming pretende homenagear afro-americanos que inspiraram Beyoncé, como a ativista Marian Wright Edelman, a cantora de jazz Nina Simone e a escritora Chimamanda Ngozi Adichie.
reprodução/ netflix
Beyoncé entre bailarinas durante sua apresentação no Coachella, em 2018, que virou filme
"Quando decidi cantar no Coachella, em vez de usar minha coroa de flores, era mais importante levar a nossa cultura ao festival. [...] Essa é a essência do show", explica Beyoncé.
A artista permitiu que a sua primogênita também tivesse espaço no longa. Em um dos trechos do documentário, Blue Ivy arrisca alguns versos. "Quero cantar de novo", diz a garotinha, satisfeita com o próprio trabalho.
reprodução/netflix
Beyoncé e a filha mais velha Blue Ivy em Homecoming, documentário da Netflix
Há um ano, a Beyoncé se tornou um marco por se apresentar com destaque no festival anual de música e arte que acontece em Indio, na Califórnia, Estados Unidos. Em sua apresentação, a artista homenageou os colégios e universidades historicamente negras do país. O aspecto fica bastante evidente nos figurinos da cantora e do corpo de baile.
Para inovar, a artista levou ao palco uma estrutura própria, dezenas de músicos e dançarinos --majoritariamente negros. O show de Beyoncé estava inicialmente previsto para 2017, mas a cantora adiou os planos por causa da gravidez de Rumi e Sir, gêmeos que nasceram em junho daquele ano.
"Foi um dos trabalhos mais difíceis que eu fiz, e eu sabia que eu precisava empurrar a mim mesma e ao meu time para irmos além, sair do ótimo ao extraordinário. Nós sabíamos que algo assim nunca havia sido feito anteriormente em um festival, precisava ser icônico e sem qualquer comparação", diz Beyoncé no filme.
"A performance foi uma homenagem a uma parte importante da cultura afro-americana. Tinha que ser verdadeira para aqueles que a conhecem, e divertida e esclarecedora para aqueles que precisavam aprender. Ao fazer o filme e recontar a história, o propósito permaneceu o mesmo", encerra a cantora, que assina como diretora do filme.
© 2024 Notícias da TV | Proibida a reprodução
Mais lidas
Política de comentários
Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.