Menu
Pesquisar

Buscar

Facebook
X
Instagram
Youtube
TikTok

PRISCILA SZTEJNMAN

Atriz de Vai na Fé passa aperto em filme na Alemanha: 'Falta o jeitinho brasileiro'

Divulgação/Pandora Filmes

Kauê Telloli e Priscila Sztejnman têm expressões sérias em cena do filme Segundo Tempo

Kauê Telloli e Priscila Sztejnman em cena de Segundo Tempo rodada na Alemanha: sem malemolência

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 3/4/2023 - 6h20

Presença bissexta na TV, a atriz e roteirista Priscila Sztejnman pode ser vista atualmente como a Helena da novela Vai na Fé e como a Ana do filme Segundo Tempo. O longa dirigido por Rubens Rewald teve boa parte de suas cenas rodadas na Alemanha, e a artista se surpreendeu com o respeito da equipe europeia às regras de trabalho. "Lá falta o jeitinho brasileiro", aponta.

"Uma coisa que chamou muito a minha atenção era a diferença de estilos de trabalhar. Como era uma coprodução Brasil-Alemanha, tinha a equipe brasileira e a alemã trabalhando juntas, e a jornada de trabalho era muito diferente. Aqui, o costume é trabalhar 12 horas por dia, seis dias por semana, e aí descansa um. Lá, eram cinco dias de filmagem, dez horas por dia, com duas folgas semanais", lembra ela em conversa com o Notícias da TV.

Rewald ressalta que, por conta da diferença no expediente, as sequências noturnas de Segundo Tempo precisavam ser muito bem planejadas, porque os alemães iam embora pontualmente. "Aqui no Brasil tem muito jeitinho, né? 'Só faltam dois planos, então a gente faz uma hora extra aqui e depois compensa mais para a frente'. Lá, não. Deu a hora, adeus. Eles deixavam os brasileiros sozinhos, e ninguém daqui falava alemão (risos)", conta o cineasta.

"Iam embora mesmo, né? Eu achava isso muito engraçado. Mas era o justo, era o combinado. Todo mundo sabia que era assim. Bateu o horário deles? Tchau, brasileiros, bom trabalho, se virem aí", diverte-se Priscila Sztejnman. "Para mim, isso é o reflexo de uma cultura, né? Como a mão de obra foi implementada no Brasil e como foi na Europa. Vai muito além da produção cinematográfica, da indústria."

As diferenças entre o "jeitinho brasileiro" e a sisudez alemã foram muito além do horário do expediente. "A gente recebia bronca todo dia, parecia criança. Não que a equipe brasileira não fosse séria, porque é todo mundo muito profissional, supercompetente, mas a gente está acostumado a pequenas transgressões que simplesmente não existem na Alemanha", aponta Rewald.

Uma das broncas ocorreu antes mesmo de as filmagens começarem na Europa, quando a equipe de Segundo Tempo visitava possíveis locações. "Tinha um lugar muito legal que era perto de uma linha de trem. E havia uma mureta baixinha, que delimitava que não era permitido passar dali. Mas nosso fotógrafo queria dar uma olhada no enquadramento e deu um passo além daquela muretinha. A equipe brasileira achou normal, porque ainda estava muito longe da linha do trem, mas os alemães ficaram enlouquecidos. [Falavam:] 'Você é maluco?', 'O que você está fazendo?'", lembra o diretor.

Apesar dos conflitos, a produção seguiu em frente, e as diferenças foram diminuindo. "No começo, era a equipe brasileira de um lado e a alemã do outro. Mas teve uma coisa muito bonita, aos poucos todo mundo foi se entrosando. No final das gravações, a festa foi conjunta", aponta Rubens Rewald. "No churrasquinho de encerramento, todo mundo brindou com a mesma cerveja quente", completa Priscila, aos risos.

Segundo Tempo já está em cartaz nos cinemas. Confira o trailer da produção:


Mais lidas


Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.