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PRÊMIO DO CINEMA

Após rejeição a prêmio pop, Oscar faz história com seis indicados bilionários

Divulgação/Walt Disney e Warner Bros.

A atriz Daisy Ridley em cena de Star Wars: A Ascensão Skywalker, e o ator Joaquin Phoenix no filme Coringa, dois longas indicados ao Oscar

Daisy Ridler em Star Wars: A Ascensão Skywalker, e Joaquin Phoenix em Coringa: filmes bilionários

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 8/2/2020 - 5h18

Com a audiência em queda ano após ano, o Oscar tenta se renovar para reconquistar o público. Para 2019, sugeriu a criação de uma nova categoria, melhor filme popular, que celebraria longas arrasa-quarteirões. Não colou, e o quesito foi abortado. Mas quem assistir à cerimônia deste domingo (9) vai se deparar com possíveis indicados ao prêmio que não saiu do papel: seis concorrentes arrecadaram mais de US$ 1 bilhão nas bilheterias.

Líder em nomeações, com 11 estatuetas em jogo, Coringa faturou US$ 1,07 bilhão (R$ 4,64 bilhões) e já faz história mesmo se sair de mãos vazias da festa --algo pouco provável, já que o astro Joaquin Phoenix é o favorito na categoria melhor ator.

É que um longa bilionário não ocupava isoladamente o posto de filme mais indicado desde 2004, ano da supremacia de O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (2003). Em 2009, Avatar (2008) dividiu a liderança com Guerra ao Terror (2008).

A história que mostra como Arthur Fleck (Phoenix) se transformou no temido vilão de Gotham City concorre em quesitos importantes, como melhor filme, diretor (para Todd Phillips), ator e roteiro adaptado, além de sete categorias técnicas.

Coringa é um ponto fora da curva na história da premiação. Tradicionalmente, os longas mais indicados pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas são produções cult, de público restrito e que passam longe de ser fenômeno.

Nos últimos anos, por exemplo, o posto foi ocupado por A Favorita (2018), que sequer chegou a US$ 100 milhões; Roma (2018), que arrecadou só US$ 5 milhões (o longa da Netflix teve lançamento restrito a algumas salas de cinema apenas para poder concorrer ao prêmio); e A Forma da Água (2017), que teve US$ 195 milhões.

Agora, mesmo sem uma categoria específica para filmes populares, não dá para negar que os votantes conseguiram emplacar longas de muito sucesso.

Além de Coringa, também concorrem neste ano os bilionários Vingadores: Ultimato (US$ 2,79 bilhões, ou R$ 12 bilhões), O Rei Leão (US$ 1,65 bilhão, ou R$ 7,134 bilhões), Frozen 2 (US$ 1,43 bilhão, ou R$ 6,16 bilhões), Toy Story 4 (US$ 1,07 bilhão, ou R$ 4,62 bilhões) e Star Wars: A Ascensão Skywalker (US$ 1,05 bilhão, ou R$ 4,56 bilhões).

O que a Academia ainda não pode prever é se indicar filmes que tiveram mais público vai representar um aumento na audiência da exibição da festa. A história indica que sim: fenômeno de bilheteria dos anos 1990, Titanic (1997) foi celebrado na cerimônia de 1998, que foi vista ao vivo por 57 milhões de pessoas apenas nos Estados Unidos. É mais do que o dobro do público que acompanhou a edição de 2018 --26,5 milhões viram a consagração de A Forma da Água.

No Brasil, o Oscar terá transmissão ao vivo da TNT na TV paga. A Globo exibirá a cerimônia apenas depois da 0h30, ao final do jogo entre Brasil e Argentina pela última rodada do Pré-Olímpico de futebol.


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