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SEM IDENTIFICAÇÃO

Estrela da Casa flopou? Elenco transforma reality em A Grande Conquista da Globo

REPRODUÇÃO/GLOBOPLAY

Nicole Louise conversa com outros participantes do Estrela da Casa na cozinha

Nicole Louise no Estrela da Casa: participante acredita que força da internet a ajudará

IVES FERRO

ives@noticiasdatv.com

Publicado em 24/8/2024 - 21h00

Uma semana após a estreia do Estrela da Casa, os participantes estão perdidos no confinamento e parecem não saber se estão em um novo reality ou em um Big Brother Brasil fora de época. Desinteressante, o elenco está à beira de transformar o formato original, que se mostrava promissor, em um possível fracasso como A Grande Conquista --aposta da Record, mas que não conquistou o público nem gerou repercussão na internet.

Estrela da Casa se inspira em duas atrações já consolidadas: o Big Brother Brasil, seu irmão que não canta, e o extinto Fama (2002-2005) --responsável por lançar cantores de sucesso como Thiaguinho e Roberta Sá.  J. B. Oliveira, o Boninho, dirige a atração e admitiu que o formato é uma mistura dos sucessos anteriores.

A fórmula é simples e de fácil entendimento, com dinâmicas que remetem diretamente ao Big Brother Brasil. Há as provas de liderança e de imunidade, e também as berlindas —todas com nomes que remetem à musicalidade. A estratégia de aproximar o Estrela do BBB é ótima para o público, mas não funcionou para os participantes.

Parte do elenco tem bagagem na música. Eles não são simplesmente pessoas com um talento atípico a oferecer, o que torna a aproximação com o público ainda mais difícil. Quem assiste quer conhecer a história, a trajetória, os pontos fracos e fortes. Talento musical todos já sabem que os confinados têm. Entretanto, como descobrir isso se os próprios participantes estão mais preocupados em cantar do que em mostrar suas personalidades?

Os artistas não estão preocupados em revelar quem são. A todo momento, o que ocorre dentro da casa é uma disputa de egos para ver quem tem o melhor improviso ou a melhor voz. Apesar de isso também contar, não é necessariamente o que vai garantir o prêmio ao vencedor. Eles se esquecem que é o público quem vota e decide as eliminações.

O telespectador quer encontrar um "novo Davi Brito" ou uma "nova Juliette Freire" para torcer ou até mesmo uma Karol Conká para odiar. Entretanto, os papéis no Estrela da Casa estão nebulosos. A falta de exposição do elenco reflete também no número de seguidores nas redes sociais. Alguns deles, inclusive, ainda não atingiram sequer a marca de 10 mil fãs no Instagram.

A falta de assuntos e pautas cotidianas deixa a desejar. A dinâmica do Estrela da Casa não incentiva os participantes a mostrarem as suas fragilidades, mas como artistas que já estão razoavelmente prontos. As conversas musicais se sobressaem muito mais do que a personalidade, que poderia ser um trunfo.

O reality musical está à beira de se tornar aquilo que o público tanto temeu e criticou no BBB 22, apelidado de "BBB do amor": um confinamento lento, sem ações de convivência entre o elenco, ausência de pautas sociais para a internet julgar, e a tão temida cantoria durante as 24 horas em que as câmeras estão ligadas.


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