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PRIMEIRO SEMESTRE

Globo fatura R$ 7 bilhões, mas perde receita com Globoplay e canais pagos

Bob Paulino/TV Globo

Manzar Feres, diretora de Negócios Integrados em Publicidade da Globo no evento Up Front 2024

Manzar Feres, diretora de Negócios Integrados em Publicidade: crescimento de 13% no 1º semestre

DANIEL CASTRO

dcastro@noticiasdatv.com

Publicado em 27/8/2024 - 6h10

A Globo fechou o primeiro semestre de 2024 com um faturamento líquido de R$ 7,06 bilhões, um crescimento de 8% em relação ao mesmo período do ano passado. O desempenho foi puxado pelas vendas de espaços publicitários, que cresceram 13%. Já as receitas com assinaturas do Globoplay e de canais pagos tiveram queda de 2% entre abril e junho e só cresceram 1% no semestre graças aos resultados dos três primeiros meses de ano, impulsionados por Big Brother Brasil.

Os dados foram divulgados nesta segunda (26) por Paulo Marinho, presidente da Globo, e obtidos com exclusividade pelo Notícias da TV. Em comunicado interno, Marinho comemorou o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 422 milhões no segundo trimestre, "o maior em quatro anos".

A Globo fechou o primeiro semestre com um Ebtda de R$ 1,23 bilhão, 126% superior ao dos mesmos meses de 2023 (R$ 545 milhões). Apesar dos bons resultados, o clima é de cautela para o segundo semestre, principalmente para o desempenho de julho a setembro. Escreveu Paulo Marinho a seus colaboradores:

Começamos o segundo semestre de 2024 com força total. No entanto, sabemos do cenário desafiador previsto para o próximo trimestre [o terceiro], devido aos custos de transmissão da Olimpíada de Paris. Conto com todos vocês para que, com responsabilidade, continuemos empenhados, conscientes da importância de cada um para conquistarmos nossos objetivos. Seguimos juntos pelo nosso resultado.

Redução de custos tem sido uma obsessão da Globo nos últimos, com a demissão de centenas de atores antes contratados sob exclusividade e a busca de produções mais baratas. Apesar da inflação (de 4,5% no acumulado dos últimos 12 meses no IPCA, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a Globo conseguiu reduzir seus custos e despesas em 2% no primeiro semestre.

Os gastos foram de R$ 6,38 bilhões, R$ 130 milhões a menos do que os R$ 6,51 bilhões do primeiro semestre de 2023. No segundo trimestre, a economia foi ainda maior, de 5% (R$ 3,54 bilhões versus R$ 3,72 bilhões entre abril e junho do ano passado).

Além da redução de despesas, a Globo vem obtendo bons números nas vendas de publicidade, área liderada pela executiva Manzar Feres. A emissora, que já tinha aumentado suas vendas em 18% no primeiro trimestre, por causa de BBB 24, cresceu 9% entre abril e junho (de R$ 2,39 bilhões no mesmo período de 2023 para R$ 2,6 bilhões).

O ponto negativo fica para a venda de assinaturas. Depois de registrar crescimento de 23% no Globoplay e de 61% no Premiere no primeiro trimestre, a Globo sofreu uma queda de 2% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 1,24 bilhão contra R$ 1,26 bilhão) nas receitas com conteúdo, programação e assinaturas (que são majoritariamente de assinaturas).

No semestre, essas receitas foram de R$ 2,46 bilhões, apenas 10 milhões a mais que nos seis primeiros meses de 2024. Assim, a participação das receitas com publicidade no faturamento da empresa cresceu de 62% para 65%, enquanto as de assinaturas caíram de 35% para 32%. Outros 3% das receitas são classificadas como "outras" (revenda de direitos esportivos e serviços).

Veja quadro resumido dos resultados da Globo divulgado por Paulo Marinho:

Quadro de resultados operacionais da Globo

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