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REVOLTA

Viúva de Gal Costa, Wilma Petrillo é acusada de roubo, extorsão e ameaças

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Gal Costa em imagem de divulgação de um dos seus shows, em 2021

Gal Costa (1945-2022): viúva da cantora, Wilma Petrillo quer ser reconhecida em união estável

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 6/7/2023 - 12h35

Wilma Petrillo, viúva de Gal Costa (1945-2022), é acusada por amigos, familiares e ex-funcionários da cantora de supostamente aplicar golpes, hostilizar vítimas e endividar Gal desde que assumiu o posto de empresária de sua carreira. Um dos desentendimentos foi exposto após a morte da artista, quando Wilma a enterrou em um cemitério longe da família da companheira.

Em uma reportagem da revista Piauí publicada nesta quinta (6), 13 pessoas foram ouvidas. Os entrevistados disseram que Wilma foi a responsável por proibir o ícone da MPB de se apresentar em lugares renomados, e de supostamente aplicar golpes milionários. Segundo as testemunhas, a empresária tem dívidas exorbitantes até no exterior por não pagar impostos.

Gal e Wilma se conheceram nos anos 1990 em um voo para Nova York. Depois, se tornaram amigas e passaram a viver juntas discretamente. O médico Bruno Prado, que as conheceu nesta época, foi um dos afetados financeiro e psicologicamente pela viúva. Ele alegou que Wilma pediu R$ 15 mil emprestado para uma cirurgia e só o pagou após muitas ameaças.

Prado, que é gay e naquele período tinha medo de contar à família sobre sua sexualidade, teria sido hostilizado por Wilma ao cobrar seu dinheiro. A mulher teria dito que contaria o "segredo" caso ele não parasse. O médico ficou apreensivo e se mudou para os Estados Unidos, onde aconteceram mais ameaças de morte.

Bastidores e abuso

O produtor Ricardo Frugoli apontou que Wilma fez Gal perder shows na América do Norte e na Europa por "esconder" os convites da companheira. Nos bastidores das apresentações da cantora, também seriam comuns casos de furtos de pertences de funcionários, brigas, humilhações, bullying e assédio moral por parte de Wilma. 

"Durante muito tempo, fui o cara que não deixou a bomba explodir. Continuar ali era importante para proteger a Gal do que vinha acontecendo na carreira e dentro de casa", contou Frugoli. Ele registrou um boletim de ocorrência contra Wilma e acabou demitido quatro dias depois.

Rodrigo Bruggermann, outro produtor, também encarou dificuldades com Wilma Petrillo e levou um prejuízo de mais de R$ 1 milhão após a empresária assinar um contrato de R$ 700 mil, não cumprir com o combinado e ainda ficar com R$ 560 mil dos rendimentos. "Além de ser grosseira, ela fazia mudanças de última hora e aplicava taxas surpresa. Wilma sempre dizia que a agenda da Gal estava apertada", acusou Bruggermann.

Wilma afundou a carreira de Gal?

A reportagem da Piauí apurou que Gal Costa deixou imóveis como parte de seus bens. Ela tem em seu nome um apartamento de R$ 5 milhões nos Jardins, em São Paulo; quatro salas comerciais no Leblon, no Rio de Janeiro, e dois imóveis em São Conrado. Guto Burgos, irmão de Gal, revelou que outras quatro salas comerciais e uma granja, ambas no Rio, foram vendidas para pagar dívidas.

"Também tinha imóveis em Salvador, Trancoso e Nova York. Como dói saber que ela morreu sem nada disso. Parece que todo o trabalho dela foi em vão", lamentou o familiar. "Eu não quero mais falar disso. É um assunto que me dói muito", desabafou.

A Piauí tentou procurar Wilma Petrillo para que ela desse sua versão sobre as acusações dos outros entrevistados, mas a empresária não atendia às ligações e até bloqueou a repórter no WhatsApp. O advogado de Wilma disse que "tomaria as medidas judiciais cabíveis" caso a reportagem fosse publicada.

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