TÍMIDA E SEXY
REPRODUÇÃO/YOUTUBE
Suzana Alves durante entrevista a Leo Dias: atriz não queria que pai descobrisse seu alter ego
Suzana Alves virou símbolo sexual no fim dos anos 1990 como a Tiazinha, personagem que mexia com o fetiche dos adolescentes ao se apresentar no programa H de lingerie, salto alto, chicote e máscara. O acessório no rosto, porém, não fazia parte do plano original da produção; foi uma sugestão da própria artista. "Queria algo para me esconder, na verdade", admitiu.
A revelação foi feita durante entrevista de Suzana a Leo Dias publicada neste domingo (16) no YouTube do jornalista. A atriz ainda conta que fez uma espécie de "exorcismo" para se livrar da personagem, em um ritual no qual queimou várias peças que usava na TV. A máscara, porém, foi poupada.
O acessório, afinal, foi algo que ela mesma levou para a Tiazinha. "O Celso Tavares estava num hotel na Espanha, viu uma menina fazendo essa dinâmica de quiz e depilando de lingerie. Mas não tinha essa coisa da máscara, ela foi um acessório eu que agreguei. Para me esconder, na verdade. E foi o que me revelou (risos)", contou Suzana na conversa.
"Fui eu, porque eu morria de medo. Topei depois de três vezes que a produtora me ligou, falava: 'Mãe, eu não posso'", continuou a atriz. "Por que? Porque a sua família era conservadora?", questionou Dias. "Não, era eu que era a conservadora (risos). Meu pai era nordestino, machista", retrucou Suzana.
"E outra, a gente não via isso na TV. Não era como hoje, hoje a gente é muito mais livre, a menina aparece de lingerie num outdoor, e tudo mais. E o programa era à tarde. Depois que foi para a noite por causa do sucesso, aí já estava bombando", ressaltou a eterna intérprete da Tiazinha.
Suzana contou ainda que só topou gravar um piloto como a personagem porque estava com a mensalidade da faculdade atrasada. "Falei: 'Mãe, seguinte. Se eu for, de repente eu peço um cachê. É só um piloto, não vai pro ar'. Minha mãe falou: 'É isso, não vá fechar portas. Vai lá, conversa e vê'. Meu pai não ia ver, era só um piloto, estava tudo certo, ia pagar a faculdade."
"Ninguém ia ver na minha cabeça, a família, os amigos, as pessoas que cresceram comigo. Porque não era nem biquíni [que eu usava], né? Era lingerie, essa que era a grande polêmica para mim", lembrou.
"Quando eu fui tirar as medidas, perguntei se eles tinham uma máscara. Como eu já fazia teatro, já compunha personagens, então levei o meu salto, era uma lingerie bege, eu não queria preto, porque o preto é sempre mais sensual. Escolhi a música para entrar, da Madonna, me deram total liberdade, até porque nem eles sabiam direito como ia ser, não tinha nome, não tinha nada. E como eu não queria fazer, recusei algumas vezes, me deram liberdade."
Fui no figurino, achei uma máscara de gatinho, só aparecia a boca. Falei: 'Pronto, é essa'. Vi um chicote de equitação, fiquei no camarim. Falaram que a máscara era esquisita. Mas eu era bailarina clássica, queria fazer uma performance.
O sucesso foi instantâneo: o piloto foi gravado em um dia que o H rodaria as cinco edições da semana, mas Suzana apareceu apenas no primeiro. Os adolescentes se fizeram ouvir, bateram os pés nas arquibancadas e pediam 'Tiazinha, Tiazinha' --antes, Luciano Huck tinha apresentado a personagem como "uma tia depiladora do salão". "Aí, me ligaram para me contratar e comecei na semana seguinte", disse Suzana.
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