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ANTÍDOTO

Serena em Alma Gêmea, Priscila Fantin trata depressão há 15 anos: 'Tristeza profunda'

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Priscila Fantin usa uma camisa preta e óculos; ela encara a câmera e dá um leve sorriso

Priscila Fantin em foto publicada nas redes sociais; ela falou sobre quadro de depressão

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 21/6/2024 - 8h57

Longe das novelas desde 2016, quando viveu Diana em Êta Mundo Bom!, Priscila Fantin segue num tratamento que perdurará por toda a sua vida. A atriz sofre de depressão crônica, uma falha recorrente no funcionamento dos neurotransmissores conhecidos como "hormônios da felicidade" --como, por exemplo, serotonina e dopamina.

Apesar de ainda não ter o diagnóstico na época de Alma Gêmea (2005), a artista revelou que já sentia uma "tristeza profunda" desde os 19 anos --três anos antes da gravação da novela que é reprisada atualmente no Vale a Pena Ver de Novo

"Aos 26 anos, tive o diagnóstico de fato, mas, hoje, sei como a depressão age no nosso organismo, na nossa cabeça e no nosso comportamento", explicou ela, em entrevista à coluna Play, do jornal O Globo. A artista disse que apenas cumpria obrigações, sem vivenciar os momentos interessantes ou ter prazer nas coisas mínimas.

"A depressão ocorre por deficiências de neurotransmissores e de produção de determinadas substâncias no meu organismo. Tenho sempre que estar cuidando. Existem manobras para me manter saudável, mas ela pode se instalar de novo. É sempre uma relação intensa com a minha condição. Tento lidar com o maior carinho, cuidado, paciência e respeito comigo mesma. Senão, fica pesado demais", admitiu.

O diagnóstico veio em 2009, mas ela só falou sobre o tema no mundo artístico no ano seguinte. O diretor Pedro Vasconcelos foi o primeiro do meio a saber da condição. Ele a convidou para integrar o elenco da peça A Marca do Zorro, e ela desabafou sobre as inseguranças de não dar conta do trabalho --mesmo já estando em tratamento.

"Com a peça, tive que ter contato com outras pessoas e sair um pouco do casulo, porque era um compromisso de trabalho. Sou muito comprometida. Ter essa obrigação, fazer terapia e tomar os medicamentos me fez muito bem. Fui melhorando", explicou ela.

Ainda assim, a atriz sabe que poderia ter passado por esse processo mais cedo. Ela explicou que, se tivesse lido sobre o assunto quando mais nova, poderia ter identificado a depressão antes de ter chegado ao ponto mais crítico da doença.

"A depressão nunca afetou meu trabalho. Não houve consequência para a minha interpretação e para a vida das personagens. Em Alma Gêmea, não tinha o diagnóstico, o peso de saber e o tratamento. Mas a Serena, por si só, já é um antidepressivo. Vivenciar as minhas personagens é um antídoto", arrematou ela, que disse estar "feliz e grata" pela reexibição da novela.

"É uma obra-prima, uma trama que foi um fenômeno e sempre será. É uma novela curativa. Todos os núcleos têm uma lição positiva", completou a artista. Atualmente, ela pode ser vista na comédia Partiu América, com Matheus Ceará, que estreou em maio na Netflix.


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