Rolando Boldrin vence briga judicial após morte e fica sem receber dinheiro

Rolando Boldrin (1936-2022) morreu sem receber R$ 536 mil a que tinha direito. O músico travava uma briga judicial contra um homem que vendeu para ele três apartamentos que não foram construídos. O funcionário da TV Cultura acionou a Justiça para reaver o dinheiro investido nos imóveis e ganhou a causa dois meses antes de sua morte.

O Notícias da TV apurou que houve a penhora de um imóvel de Diego Silveira Correa, o homem que vendeu os apartamentos a Boldrin. Os advogados do artista pediram que a casa obtida fosse a leilão. Na avaliação do valor, outras mansões semelhantes da mesma região foram apresentadas. Todas passam de R$ 1,5 milhão e podiam chegar a R$ 5 milhões.

O juiz acatou as avaliações, mas o problema veio na citação do executado. Correa, ex-proprietário do imóvel, precisaria dar um parecer sobre o valor da casa. Como ele não foi encontrado pela Justiça, o leilão atrasou ainda mais. Em novembro, quando o apresentador do Sr. Brasil (2002-2022) morreu, o devedor ainda era procurado.

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Boldrin e Correa negociaram três apartamentos em 2010, mas as construções foram paralisadas. O homem fez um trato em 2014 de que pagaria o valor das salas e assumiu uma dívida de R$ 484 mil, que seria dividida em 60 parcelas de R$ 5 mil cada. Após pagar a primeira mensalidade, Correa desapareceu --os R$ 536 mil representam essa mesma dívida corrigida com honorários advocatícos e custas processuais.

Rolando Boldrin não deixou bens a inventariar, mas há um testamento. Os herdeiros nomeados para ficar com o dinheiro do leilão são sua filha, Vera Boldrin, e Marcus Mendes Pereira Boldrin. A reportagem procurou a família e os advogados do ator, mas não houve resposta até a publicação deste texto.

Ator, cantor e apresentador de TV, Rolando Boldrin morreu em novembro de 2022 aos 86 anos. No atestado de óbito obtido pelo Notícias da TV, a causa da morte está descrita como fibrose pulmonar.