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DESABAFO

'Quase tirei minha vida', revela Victor Chaves sobre acusação de agressão a ex-mulher

REPRODUÇÃO/YOUTUBE

Victor Chaves nos bastidores do clipe de Na Linha do Tempo, da dupla Victor & Leo

Victor Chaves nos bastidores do clipe de Na Linha do Tempo; cantor revelou tentativa de suicídio

REDAÇÃO

Publicado em 23/6/2020 - 19h54

Victor Chaves, 45 anos, quebrou o silêncio três anos após ser acusado de agredir a ex-mulher, Poliana Bagatini. O caso ocorreu em fevereiro de 2017, em Belo Horizonte, e o cantor foi condenado a 18 dias de prisão simples em novembro último. O artista recorreu da decisão e, enquanto aguarda desfecho de seu caso, revelou que pensou em suicídio diante do escândalo. "Quase tirei minha vida", desabafou.

Logo após a denúncia de agressão, o sertanejo viajou para Uberlândia, Minas Gerais, para pensar sobre o futuro da dupla que tinha com o irmão, Léo Chaves. "Lá, me deparei com um caos psicológico e emocional. Tombei. Seis dias depois do episódio, quase tirei minha própria vida. Prefiro não entrar em detalhes", disse em entrevista para a Folha de S.Paulo desta terça-feira (23).

"Fiquei sem chão. Na mídia, antes me retratavam como um ser perfeito, o que nunca fui. Depois, você vira um monstro, o que também não é. Vivi uma dor tão grande que só dormia e tocava. O que me salvou foi a arte. Durante uns sete meses, tomava banho de três em três dias", relembrou.

De 2017 até sua condenação, o ex-jurado do The Voice Kids, da Globo, viu sua vida desmoronar. Quando a condenação saiu, ele soube que teria que cumprir prisão em regime aberto. E ainda foi sentenciado a pagar R$ 20 mil para Poliana, como indenização em decorrência dos danos morais causados, além de arcar com os custos processuais.

O cantor passou a ser réu em 2017, após ser indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais por vias de fato contra a mulher. Em vídeo exibido pelo Domingo Espetacular, da Record, Victor e Poliana apareciam brigando dentro do elevador do prédio.
De acordo com o boletim de ocorrência, depois que a mulher foi jogada ao chão, o sertanejo a teria agredido com chutes. Ela estava grávida do segundo filho do casal.

À Folha, o artista relembrou os fatos, que segundo ele, foram retratados de forma sensacionalista pela mídia. "Tecnicamente, o que digo é comprovável. O exame de corpo de delito deu negativo. Não havia marcas de agressão. Ela se levanta e diz: 'Vou na delegacia ferrar com você e sua mãe", relatou.

"Fui acusado de 15 chutes que não dei. Foi notícia duas noites seguidas no Jornal Nacional. No domingo, o apresentador do The Voice Kids [do qual ele era um dos jurados] fez um discurso de que a emissora não compactua com agressões e condena violência", lamentou.

O cantor entregou uma certa mágoa da Globo por ter sido exposto de forma negativa no reality musical. "Eles colocaram que eu pedi para sair do programa. Isso nunca aconteceu. Eu tinha problemas com a direção, por questões ideológicas. Destruir-me era um bom negócio. Não conseguiram", afirmou.

"Tive que dizer para mim mesmo que não sou isso [agressor de mulher]. Jamais fiz mal a quem quer que seja. Tive que me abster da internet, dos tabloides. Era toxico. Está lá: Victor Chaves agressor, criminoso, espancador de grávida", reclamou.

Três anos calado

O sertanejo relatou que viu os amigos famosos se afastarem aos poucos. "A classe artística sumiu. Tinha contato com todo mundo, mas não me vitimo. Houve gente, como a Zélia Duncan, para quem escrevi mensagem. Era uma oportunidade de diálogo, de mostrar como se toma partido sem conhecer os fatos, mas ela não respondeu", contou.

Ao virar caso de polícia, ele confessou que a turnê ao lado do irmão foi difícil. "Meus músicos me viam acabado, chorando", disse. A decisão de acabar com a dupla foi um "alívio" para ele. "Percebi que fiquei 12 anos de fama sem respirar, sem viver. Voltou a relação com o Leo, de irmãos, que estava se perdendo. É maravilhosa hoje. Ele vai na minha casa, eu vou na dele. No tempo de dupla, a gente não se frequentava. Pelo desgaste", afirmou.

"Ficar calado três anos foi duro. Meu ímpeto era de me defender, mas esse silêncio me valeu muito. Comecei a me desligar do ego, a ir ao dentista no horário comercial, pegar fila em aeroporto. Uma sensação de estar vivo", analisou.

Depois do episódio, ele lamentou o fato de ter ficado 45 dias sem ver a filha Maria Vitória, de quatro anos. Diante disso, ele conseguiu na Justiça o direito de ter oito horas por semana com a herdeira.

"Quando meu filho [João Luis, de dois anos] nasceu, fui ao hospital. Mas só revi depois de quatro meses. Com ele, eram duas horas semanais. Desde julho de 2019, temos a guarda compartilhada. Moro em Campinas para estar disponível", detalhou.

"Com a Covid-19, em vez de pegá-los toda semana, nos vemos de 15 em 15 dias, quando passam 15 dias comigo. Se estão estressados pelo confinamento, recorro ao Facetime", completou.

A defesa de Poliana Rocha se manifestou sobre as declarações para a Folha de S.Paulo e as alegações de que não houve agressão. "As imagens são claras. houve um empurrão com o pé e nada justifica o gesto", disse Ralph Tórtima Sttettinger Filho, advogado da empresária.

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