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GABRIELA DUARTE

Primeira vítima de ódio na web, atriz volta às novelas como ricaça sem paciência

Reprodução/TV Globo

Gabriela Duarte como Julieta em cena de Orgulho e Paixão: fazendeira prática e sem paciência - Reprodução/TV Globo

Gabriela Duarte como Julieta em cena de Orgulho e Paixão: fazendeira prática e sem paciência

LUCIANO GUARALDO, no Rio de Janeiro

Publicado em 22/3/2018 - 5h39

Primeira vítima do bullying virtual no Brasil, a atriz Gabriela Duarte está de volta às novelas, após um período de quatro anos afastada, como a ricaça Julieta, uma cafeicultora sem paciência em Orgulho e Paixão, nova trama das seis da Globo. 

"Ela é uma mulher prática, objetiva, não tem frescuras nem muita paciência para as coisinhas da vida. Como ela não quer lidar com esses probleminhas, deixa tudo com a Susana", explica Gabriela, em referência à vilã vivida por Alessandra Negrini.

Apesar de trabalhar em conluio com a grande malvada da novela, a atriz acredita que Julieta não é uma pessoa ruim.

"Ela tem ideais honestos, está buscando o caminho profissional dela. É uma mulher que conseguiu fazer fortuna sem homem nenhum ao seu lado. Acho que a Julieta já entendeu que a Susana é uma aliada interessante, mas não quer saber de que modo a parceira executa suas ordens", define.

Toda a praticidade de Julieta cairá por terra quando ela conhecer Aurélio Cavalcante (Marcelo Faria), filho do barão Afrânio (Ary Fontoura). A paixão tomará o lugar da razão, e a cafeicultora entrará em conflito com ela mesma, já que planeja comprar as terras de Afrânio para expandir seus domínios agrícolas. "O Aurélio acaba se tornando o maior obstáculo para a Julieta", adianta a atriz de 43 anos.

Sem emplacar um papel fixo em novelas desde Passione (2010), a filha de Regina Duarte conta que se animou em voltar à TV por causa da possibilidade de interpretar uma personagem diferente de tudo o que já fez.

"Todo ator sempre fala que o papel tal é um desafio, mas a Julieta realmente tem sido. A alma dela é pesada, a voz é diferente, o cabelo, a personalidade... Ela não tem nada a ver comigo."

Na preparação para viver a fazendeira, Gabriela buscou a obra da escritora Jane Austen (1775-1817), que inspira a trama de Orgulho e Paixão, mas também foi atrás de outras escritoras feministas, já que mulheres fortes dão o tom da novela. "Li Simone de Beauvoir [1908-1986], Marcia Tiburi... Eu gosto que o feminismo é uma questão atual, forte. Acho importatíssimo debater as mulheres."

reprodução/tv globo

Em 1997, Gabriela atuou com a mãe, Regina Duarte, em Por Amor, e foi vítima de web-bullying

Ferramenta do ódio virou aliada
Em 1997, quando a internet ainda engatinhava, Gabriela foi alvo de uma campanha por causa do ódio de telespectadores à mimada Maria Eduarda, de Por Amor.

Mais de 20 anos de pois, a internet virou uma parceira da atriz. Em 2015, Gabriela se mudou para Nova York com o marido, o fotógrafo Jairo Goldflus, e os filhos Manuela e Frederico. Nos dois anos em que morou fora, recorria à web para se conectar com os parentes e amigos no Brasil.

"Foi ótimo ter essa ferramenta para eu não ficar pensando no que me fazia falta. Até porque sabia que morar lá seria uma experiência com começo, meio e fim, então me permiti viver, sem ficar me prendendo por isso ou por aquilo", explica ela, que era parada nas ruas por russos e dominicanos. "Eles amam as novelas brasileiras."

As redes sociais e aplicativos também ajudam Gabriela e ficar perto dos filhos mesmo durante as longas jornadas de gravação. "Estamos sempre conectados, e eles também entendem o que eu faço, existe uma maturidade intelectual e psicológica das crianças. Isso me deixa mais tranquila para trabalhar", justifica.

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