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'ESTAVA SOFRENDO'

Preta Gil chora ao expor abandono do ex-marido em tratamento contra câncer

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Preta Gil durante entrevista no Encontro desta terça (12), com expressão de choro e microfone na mão

Preta Gil durante entrevista no Encontro desta terça (12); ela se emocionou ao falar de câncer

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 12/12/2023 - 10h33

Um dia após anunciar a conclusão de seu tratamento contra o câncer no intestino, Preta Gil foi ao Encontro para falar sobre sua vitória e seu estado de saúde. Ela se emocionou ao lembrar o início da jornada, quando se sentiu abandonada pelo ex-marido, Rodrigo Godoy.

Preta conversou com Patrícia Poeta sobre a luta contra a doença e comentou sobre os momentos difíceis pelos quais passou. Em determinado momento, a apresentadora chamou ao palco um dos amigos que mais apoiou a cantora neste ano: Gominho, que pediu demissão de seu emprego para se dedicar integralmente aos cuidados com Preta.

Foi ele quem levantou a questão do abandono do ex-marido da artista. Preta e Rodrigo Godoy se separaram em janeiro, logo no início do tratamento dela. "Quando cheguei [ao hospital], ela estava abandonada. A situação tava muito ruim, tava na quimioterapia. Falei: 'você tem dois cânceres pra se livrar: esse e seu marido'", declarou Gominho.

"A quimio é muito agressiva. Quando cheguei e a vi no sofá, sem conseguir beber água, comer, e ela sozinha... Peguei um voo e falei: 'amiga, semana que vem vou ficar aqui'. Na hora não pensei em nada, foi amor mesmo. Ver a pessoa numa situação daquela, não pensei", explicou ele. 

Preta começou a chorar ao falar sobre o amigo e relembrar o que viveu no fim de seu casamento. "Sempre me emociono. O que o Gomes fez, ele diz que foi natural, mas é muito difícil uma pessoa abdicar de tudo pra cuidar de um amigo", disse.

Eu estava muito abandonada mesmo, estava sofrendo e não estava enxergando. E ele viu, ele veio, cuidou de mim, me deu banho, penteou meu cabelo. Ele e tantas outras pessoas. Isso é um presente que a vida me deu. 

Gominho e Patrícia comentaram que Preta é muito amorosa e muito amada. Ela comentou que o amigo representa sua esperança no ser humano e deu indiretas ao ex-marido.

"Depois de tudo que você passar, ver uma pessoa que você amava te fazer tão mal, te maltratar tanto. Ver um amigo me cuidar do jeito que ele me cuidou é um presente. Não romantizo nada do que eu passei, mas sem dúvida nossa amizade se fortaleceu. A gente pode suportar tudo nesse tratamento, mas a falta de amor a gente não suporta. Então ame quem está precisando de você", aconselhou.

Tratamento contra o câncer

Antes da entrada de Gominho, Preta falou com Patrícia sobre como foi toda a sua jornada ao longo de 2023 na batalha contra o câncer no intestino. Ela contou que se sentiu mal logo na virada do ano.

"Eu ia fazer show no Rio, tive dor de cabeça muito forte, minha pressão subiu. Tomei remédio, fiz o show e logo em sequencia passei mal. Fui hospitalizada, recebi o diagnóstico. Foi um ano inteiro de um tratamento muito pesado, muito difícil", declarou

"É uma doença muio estigmatizada, muitos preconceitos vêm junto. Muitas pessoas têm vergonha de assumir, de falar. Eu não tive alternativa, porque tinha que cancelar compromissos e não combina comigo [esconder]. Não romantizo essa doença, porque só quem viveu sabe o que é difícil. Mas tirei muitas lições. A maior é que a gente pode se amar, se unir, emanar energia positiva pra uma pessoa, porque isso cura", afirmou.

Preta ponderou que ainda tem cinco anos pela frente de acompanhamento médico, e por isso ainda não pode dizer que está totalmente curada. "Mas posso dizer que acabei esse tratamento. Os exames mostram que não tenho mais câncer no meu organismo, então essa etapa eu venci e vou vencer todas as outras", explicou.

A cantora ainda defendeu o uso de bolsa de ileostomia por pessoas que passam por cirurgias ou problemas crônicos no intestino. "Quando coloquei a bolsa, vi que tinha muito preconceito. As pessoas escondem a bolsa. É delicado, as pessoas precisam trabalhar, viver, criar seus filhos com a bolsa. Tem pessoas que usam de forma definitiva, e isso não pode ser uma sentença pra que a pessoa não viva", pontuou.

"É limitante, a gente passa por constrangimentos sociais, mas a gente pode se adaptar a ela, pode ter uma relação saudável. No primeiro momento, tive pânico dela, mas depois a gente foi se relacionando e virou minha melhor amiga. Quando compreendi que é um método médico-científico que salva vidas, é uma bênção", disse Preta.


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