BARRADO
REPRODUÇÃO/YOUTUBE
O ex-BBB e comediante Nego Di durante entrevista a podcast; ele está preso desde 14 de julho
O humorista Nego Di solicitou um novo pedido de liberdade à Justiça do Rio Grande do Sul, mas recebeu um não como resposta. Ele está preso há três meses acusado de lesar pelo menos 370 pessoas com a venda de eletrodomésticos por meio de uma loja virtual da qual era proprietário.
A solicitação foi enviada para a 2ª Vara Criminal de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre e julgada pela juíza Patricia Pereira Krebs Tonet nesta terça-feira (22). Além dele, Anderson Boneti, sócio do comediante, também está preso.
De acordo com o G1, a magistrada entendeu que "os indícios de autoria e materialidade identificados ainda na fase investigativa seguem inalterados, impedindo que se conclua pela eficácia de medidas mais brandas diversas da prisão".
Nego Di foi preso em 14 de julho, na praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis, Santa Catarina. De acordo com a Polícia Civil, os clientes adquiriram e pagaram pelos produtos --como televisões e aparelhos de ar-condicionado--, mas eles nunca foram entregues.
A investigação aponta que apesar de os itens não estarem disponíveis, o site do ex-BBB permitia que a venda fosse efetivada. Após muitas reclamações, ele prometeu que as entregas seriam feitas, mesmo sabendo que não seria possível cumprir com a promessa.
A loja virtual em questão, Tadizuera, operou entre 18 de março e 26 de julho de 2022 --quando a Justiça determinou que ela fosse retirada do ar. Nesse período, a Polícia afirma que a movimentação financeira em contas bancárias ligadas à loja passou de R$ 5 milhões.
Além das acusações envolvendo sua loja virtual, Nego Di também se tornou alvo de outra polêmica após ter seu eu sigilo bancário quebrado. Foi revelado que o ex-BBB mentiu ao dizer que havia doado R$ 1 milhão para as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul. Na realidade, ele fez apenas um pix de R$ 100.
Na época, o comediante se vangloriou pela atitude e cobrou posicionamento de outros artistas. "Galera, gostaria de compartilhar com vocês uma decisão que a gente tomou aqui em casa hoje, minha patroa e eu. A gente conversou bastante, e eu fiz uma escolha que não foi fácil, confesso para vocês, mas a gente fez essa escolha de coração. Decidi doar R$ 1 milhão para o Rio Grande do Sul. Mandei R$ 1 milhão para a vaquinha do meu parceiro Badin [Colono], que já estava em R$ 50 milhões --eu sou um destes R$ 51 milhões", declarou.
Badin, organizador da vaquinha, negou qualquer envolvimento com a situação e relatou como teria sido o contato feito por Nego Di para falar sobre o auxílio à população gaúcha.
"Durante as enchentes, ele ajudou muito na divulgação e teve um dia que ele me chamou e falou: 'Cara, quero doar R$ 1 milhão para Vakinha'. Eu falei: 'Maravilhoso, perfeito". Meu deus, por que eu vou negar uma doação? Falei: 'Cara, mete bala'", contou.
Ele falou que a doação ia entrar em partes, ele me mandou o comprovante, eu postei e agradeci porque fiquei feliz. Galera, em alguns dias foram mais de R$ 10 milhões na vaquinha, eu não tinha como ficar acompanhando se o que ele havia falado que seria feito entrou ou não.
"O dinheiro foi administrado pelo Instituto Vakinha. As demandas chegavam até a mim, eu repassava para eles, e eles destinavam. Não tinha como eu saber se a doação dele entrou ou não", continuou.
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