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LUIZ CARLOS ARAÚJO

Polícia encontra passagem secreta em apartamento de ator do SBT morto

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Luiz Carlos Araújo sem camisa, posando enquanto olha para a câmera

Luiz Carlos Araújo em publicação no Instagram; morte do ator foi registrada como suspeita

A morte do ator Luiz Carlos Araújo, o Valter na novela Carinha de Anjo (2016), é repleta de mistérios. No boletim de ocorrência registrado no dia em que seu corpo foi encontrado, a polícia fez uma série de relatos curiosos, entre eles o apontamento de uma passagem secreta que dava acesso ao apartamento sem a necessidade de passar pela portaria, e o fato de as câmeras de segurança internas estarem todas desligadas.

O Notícias da TV teve acesso ao B.O., no qual constam os relatos da equipe policial que entrou no apartamento no último sábado (11). O corpo do ator foi encontrado sem sinais aparentes de violência física. Seu rosto, no entanto, estava disforme e com a pele bastante escurecida, atribuída ao estado de putrefação da carne, já que a morte, estima-se, teria ocorrido cinco dias antes.

O corpo do ator estava deitado na cama, de barriga para cima e com as pernas levemente dobradas, e vestia apenas uma cueca vermelha, meias cinzas e uma camiseta azul, parcialmente envolto por um cobertor.

No apartamento, foram detectadas três câmeras: uma situada acima da porta de entrada, outra apontando para o corredor, e a última dentro do quarto. Chamou a atenção dos policiais a existência de um rack com um grande televisor, que contava com um equipamento de TV por assinatura e um estabilizador, todos fora da tomada e desconectados dos cabos HDMI que dariam acesso à internet.

Logo atrás do televisor foi achado um aparelho DVR, que a polícia acredita ser onde estão salvas e armazenadas as imagens captadas pelas câmeras. O aparelho não foi acessado e tampouco extraído no momento, com o receio de prejudicar possíveis evidências a respeito da morte.

No quarto do ator há também uma grande área aberta, onde havia uma rede que fazia parede contígua com uma caixa d'água. Os policiais perceberam que esse local possibilitava o acesso ao apartamento sem que fosse necessária a passagem pela portaria do prédio.

"Aparente possibilidade de sair do apartamento --apenas, obviamente, por alguém que o conhecesse muito bem, assim como a rotina do prédio e dos vizinhos", informa o boletim de ocorrência.

Embora nenhuma conclusão tenha sido feita até o momento, a análise inicial chamou a atenção dos policiais, sobretudo a sacada do quarto. "Especialmente porque tudo se encontrava aberto", relata o grupo policial.

Visitante suspeito

Pedro da Silva Araújo, porteiro do prédio em que Luiz Carlos vivia, relatou que a última vez em que viu o ator tinha sido na segunda-feira (6), quando ele saiu para almoçar. O funcionário disse que a vítima recebia diariamente a visita de um rapaz que também se chamava Luís, apresentado como seu amigo de academia.

No depoimento, consta que o tal Luís visitou o apartamento pela última vez na mesma segunda-feira em que o porteiro viu o ator sair para almoçar, e que nunca mais teria passado pelo local.

"Ultimamente via, apenas, que um rapaz também chamado Luís sempre vinha  almoçar com a vítima e sabe que ele também é aluno da academia Blue Fit.  Este rapaz passava bastante no apartamento, inclusive depois que a vítima  retornava da academia --sendo que sempre era seu hábito dela voltar em torno de 18h. Este homem a testemunha descreve como bem alto, branco, barba, cabelos pretos, bem forte, nunca viu nenhuma tatuagem, sem nenhum tipo de sotaque identificável como diverso de paulistano", consta no B.O.

Investigação

A polícia segue na investigação do caso e pediu a perícia de alguns itens da casa, como um saco preto que encobria a cabeça do ator, para averiguar se alguma outra impressão digital pode ser encontrada.

Também foram solicitadas as análises de vestígios digitais em itens encontrados no banheiro do apartamento, a apreensão dos equipamentos de segurança e dos dois celulares encontrados ao lado do corpo da vítima, uma análise técnica para detectar uma possível fuga do ambiente por escalada, além de um relatório detalhado do IML (Instituto Médico Legal), com exame necroscópico, sexológico e toxicológico.


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