ROCK STORY
Felipe Monteiro/Gshow
Herson Capri interpreta Gordo, seu personagem na novela Rock Story, da Globo
ANDRÉ ROMANO
Publicado em 22/11/2016 - 5h39
Herson Capri, 65 anos, deixou a barba crescer e adotou um visual despojado para o personagem Gordo, que interpreta em Rock Story. Na trama das sete da Globo, ele faz o papel do pai carinhoso e descolado de Diana (Alinne Moraes) e do avô da pequena Chiara (Lara Cariello). A atriz mirim é mais velha do que Sofia, filha mais nova de Capri, de dois anos. Ele se considera um "pai-avô" para a caçula, e confessa que se preocupa em envelhecer e não ter tanto tempo para passar com ela.
"Daqui a 20 anos, talvez eu não esteja mais aqui. Quem mais vai sofrer com a minha ausência será a mais novinha. Perder pai é forte. Essa é uma questão que está sempre circulado em minha mente. [Mas] Eu levo tudo numa boa. Isso não pode se tornar uma coisa obsessiva, que acaba ficando um saco", sentencia o ator, que é pai de cinco filhos de idades entre 2 e 38 anos.
Além do jeito tranquilo de levar a vida, Capri tem outro fator em comum com seu personagem na novela das sete. Assim como Gordo influencia seus parentes na novela, na vida real o ator revela que já apresenta suas bandas preferidas, como Beatles, à filha mais nova.
"Coloco Beatles para ela dormir. Ela tem uma seleção só dela. Na sétima canção, já está dormindo. A minha filha é minha fonte da juventude", afirma. Fã de rock, o ator se inspirou em um grande ídolo da música para compor seu look cheio de camisetas e óculos estilosos: o cantor Sting.
"Eu estou bem feliz com essa caracterização. Ele tem anel, tem pulseira, tem correntinha, enfim. A ideia é mesmo parecer com o Sting, acho que está bem parecido com ele. Apesar de ele [Gordo] ser um vovô, ele é um avô jovem. Ele é um loucão saudável", comenta.
CéSar Alves/TV Globo
O ator Herson Capri se inspira no roqueiro Sting para compor seu visual em Rock Story
Com mais de 40 anos de carreira, Capri já participou de mais de 30 trabalhos na Globo, entre eles as novelas Guerra dos Sexos (1983), Felicidade (1991), Cobras & Lagartos (2006) e Insensato Coração (2011). Ele admite que, com a idade, reduziu o número de trabalhos que faz, mas jura que não se preocupa com isso e nem pensa em aposentadoria.
"A maior parte da dramaturgia é feita pelos jovens e para os jovens. A gente precisa entender isso. O próprio destino se encarrega de selecionar e diminuir a quantidade de trabalho. O ator trabalha com a sua própria história, tem sensibilidade, tem inteligência, tem cultura, tem a vivência. Quando eu faço uma cena com minha neta aqui, é claro que eu trago o meu lado paizão. O ator usa tudo o que ele tem o tempo todo. Por isso que tem um lado delicado aí", explica.
Nesse ponto da vida pessoal e profissional, ele acredita que já superou tudo o que imaginava que poderia fazer. "Eu acho que eu até ultrapassei [as expectativas]. Estou muito feliz, está melhor que a encomenda. A minha vida superou todos os meus sonhos. Não sei para onde eu sonho mais (risos)", conclui.
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