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LUTO

Morre Jane Birkin, atriz de Blow-Up e cantora da música Je T'aime... Moi Non Plus

Divulgação/Embassy Pictures

Jane Birkin de biquíni branco em cena de A Piscina

Jane Birkin em cena de A Piscina (1969), de Jacques Deray: atriz inspirou até bolsa de luxo

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 16/7/2023 - 19h26

Morreu neste domingo (16), aos 76 anos, a atriz e cantora britânica Jane Birkin. Ela ficou famosa como musa do artista Serge Gainsbourg (1928-1991), com quem teve um relacionamento entre 1968 e 1980. No cinema, ela apareceu em Blow-Up: Depois Daquele Beijo (1966). Na música, participou da controversa Je T'Aime... Moi Non Plus, censurada em vários países por causa de gemidos com teor sexual.

A morte foi confirmada pela imprensa francesa --Jane vivia em Paris desde os anos 1960. A causa não foi confirmada; ela foi encontrada em sua casa por seu cuidador. Em 2021, ela sofreu um derrame, mas seus representantes informaram que a artista tinha se recuperado e estava bem.

Filha de uma atriz de teatro e de um comandante da Marinha britânica, Jane era uma adolescente tímida. E, apesar de ter se tornado um símbolo sexual, sofreu bullying quando jovem porque seus seios eram muito pequenos. "Os anos no colégio interno foram muito difíceis, diziam que eu era meio garoto, meio menina, porque não tinha peito, era uma tábua", disse ela à Vogue.

Quando tinha apenas 17 anos, Jane conheceu o compositor John Barry (1933-2011), com quem se casou em 1965. A união chegou ao fim três anos depois, mas os dois artistas tiveram uma filha, a fotógrafa Kate Barry (1967-2013).

Enquanto ainda estava com Barry, Jane Birkin aceitou aparecer nua no clássico Blow-Up, de Michelangelo Antonioni (1912-2007) --ela mesma afirmou que só topou fazer a cena porque o marido havia dito que ela não teria coragem de ficar pelada no estúdio. O cineasta italiano gostou tanto da modelo que a escalou para seu próximo filme, Caleidoscópio (1966). 

Já separada de John Barry, ela conseguiu o papel de protagonista na produção francesa Slogan (1969), mesmo sem falar o idioma. Ali, conheceu Serge Gainsbourg, com quem fazia par romântico. Os dois ainda gravaram a música-tema do longa, La Chanson de Slogan. No ano de lançamento do filme, eles fizeram a canção pela qual Jane ficaria marcada, Je T'Aime... Moi Non Plus.

A música com forte teor sexual foi condenada pelo Vaticano e proibida pela Censura Federal no Brasil. Apesar de a letra não ser exatamente pornográfica, Jane gemia e sussurrava ao longo da gravação, com suspiros que cresciam em intensidade, como se a artista simulasse um orgasmo.

Além da parceria criativa, Jane e Serge tiveram uma filha, a atriz e cantora Charlotte Gainsbourg (de Ninfomaníaca). Os dois se separaram porque o francês ficava violento quando bebia --e tinha um problema de alcoolismo. A atriz disse que ele chegava a bater nela com uma régua quando os dois gravavam juntos e ela tinha dificuldades em alcançar certas notas.

Depois, Jane ainda teve um longo relacionamento com o cineasta Jacques Doillon, com quem teve a terceira filha, a musicista, atriz e modelo Lou Doillon. Ela também se envolveu com o escritor Olivier Rolin.

Jane Birkin se tornou uma pessoa tão influente na cultura europeia que a grife de luxo Hermès lançou a bolsa Birkin em homenagem a ela. Hoje em dia, algumas são vendidas por US$ 500 mil (R$ 2,4 bilhões). 

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