Menu
Pesquisar

Buscar

Facebook
X
Threads
BlueSky
Instagram
Youtube
TikTok

VÍTIMA DE ABUSO

Klara Castanho revela que engravidou após estupro e entregou bebê para adoção

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Klara Castanho de blusa preta em um fundo branco

Klara Castanho revelou o drama que passou após descobrir a gravidez fruto de um estupro

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 25/6/2022 - 20h24
Atualizado em 26/6/2022 - 7h32

Klara Castanho revelou que engravidou após sofrer um estupro e entregou o bebê para adoção. Na noite de sábado (25), a atriz postou um desabafo em seu Instagram para contar a verdade sobre a história que ganhou repercussão após a entrevista do jornalista Leo Dias para o programa The Noite, do SBT. Em uma carta aberta, a artista dá detalhes do crime que sofreu e confirma que entregou o bebê depois do parto, ainda no hospital.

"Esse é o relato mais difícil da minha vida. Pensei que levaria essa dor e esse peso somente comigo. Sempre mantive a minha vida afetiva privada, assim, expô-la dessa maneira é algo que me apavora e remexe dores profundas e recente. No entanto, não posso silenciar ao ver pessoas conspirando e criando versões sobre uma violência repulsiva e de um trauma que sofri. Fui Estuprada", começa a jovem de 21 anos.

Klara afirma que não estava em sua cidade quando o crime ocorreu e que se sentiu confusa com o que passou. "Tive muita vergonha, me senti culpada. Tive a Ilusão de que se eu fingisse que isso não aconteceu, talvez eu não esquecesse, superasse. Mas não foi o que aconteceu."

No relato, ela dá detalhes das providências que tomou após o episódio. Relata que não fez boletim de ocorrência e que tomou uma pílula do dia seguinte para evitar a gravidez, mas descobriu que gerava um bebê já quase no fim da gestação.

"Foi um choque. Meu mundo caiu. Meu ciclo menstrual estava normal, meu corpo também. Eu não tinha ganhado peso e nem barriga. [...] Me senti novamente violada, novamente culpada."

A atriz denuncia que não teve empatia no atendimento que recebeu. Diz que o médico a obrigou a ouvir o coração do bebê.

"Eu ainda estava tentando juntar os cacos quando tive que lidar com a informação de ter um bebê. Um bebê fruto de uma violência que me destruiu como mulher. [...] Entre o momento que eu soube da gravidez e o parto se passaram poucos dias. Era demais para processar, para aceitar e tomei a atitude que considero mais humana."

Klara Castanho expõe que decidiu entregar o bebê fruto do abuso para uma adoção direta e que tomou todas as medidas legais para que o processo fosse feito. "Passei por todos os trâmites: psicóloga, Ministério Público, juíza, audiência --todas as etapas obrigatórias."

No dia do parto, a atriz relata ter passado por mais violência. "Fui abordada por uma enfermeira que estava na sala de cirurgia. Ela fez perguntas e ameaçou: 'Imagina se tal colunista descobre essa história'. Eu estava dentro de um hospital, um lugar que era para, supostamente, me acolher e proteger. Quando cheguei no quarto, já havia mensagens do colunista com todas as informações. Ele só não sabia do estupro", conta.

"Eu ainda estava sob o efeito da anestesia. Eu não tive tempo de processar tudo aquilo que estava vivendo, de entender, tamanha era a dor que eu estava sentindo. Eu conversei com ele, expliquei tudo o que tinha me acontecido. Ele prometeu não publicar."

Vocês não têm noção da dor que eu sinto. Tudo o que fiz foi pensando em resguardar a vida e o futuro da criança. Cada passo está documentado e de acordo com a lei. A criança merece ser criada por uma família amorosa, devidamente habilitada à adoção, que não tenha as lembranças de um fato tão traumático. E ela não precisa saber que foi resultado de uma violência tão cruel.

Klara termina o desabafo contando a dor que sente por ter uma história tão triste e traumática revelada sem seu consentimento. "Como mulher, eu fui violentada primeiramente por um homem e, agora, sou reiteradamente violentada por outras pessoas que me julgam. Ter que me pronunciar sobre um assunto tão íntimo e doloroso me faz ter que continuar vivendo essa angústia que carrego todos os dias."

"Minha história se tornar pública não foi um desejo meu, mas espero que, ao menos, tudo o que me aconteceu sirva para que mulheres e meninas não se sintam culpadas ou envergonhadas pelas violências que elas sofrem. Entregar uma criança em adoção não é um crime, é um ato supremo de cuidado. Eu vou tentar me reconstruir e conto com a compreensão de vocês para me ajudar a manter a privacidade que o momento exige."

Confira a publicação:

'Sinta meu abraço'

Após a publicação do relato, Klara recebeu mensagens de apoio de famosos e anônimos. "Filhota, você é muito especial, e eu estarei sempre ao seu lado. Você é maior do que qualquer um ou uma que queira se promover ou promover o ódio com seu nome. Amo você. Sinta meu abraço. Sinta-se acolhida por todos que te respeitam. É o que importa sempre, focar no respeito, amor e na justiça", escreveu Paolla Oliveira no Twitter.

"Te amo para sempre. Estou com você", reforçou Maisa Silva. "Sinto muito que você tenha passado por isso. Estou em choque e muito triste por terem feito você relembrar e reviver toda essa dor. Sinta-se acolhida! Sinta-se amada! Muita força para você e para sua família! Conta comigo para o que você precisar", comentou Sophia Abrahão.

"Klarinha, sinto muito por todo sofrimento e violências que fizeram você passar, e agora reviver. Você merece todo afeto e acolhimento. Estou aqui pra você. Estamos todas e todas que acreditam no amor e respeito. Muito amor a você", reforçou Camila Pitanga.

"Klara, não há o que falar, não há o que pensar. Só te confortar de alguma forma, da forma que podemos aqui distante. Você está se transformando numa mulher incrível e merece ser feliz. Fica bem. Estamos contigo", pontuou Fernanda Paes Leme.

Confira as mensagens de apoio:


Inscreva-se no canal do Notícias da TV no YouTube para conferir nossos boletins diários, entrevistas e vídeos ao vivo sobre reality show:


Mais lidas


Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.