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PROCESSO

Justiça obriga Rafael Ilha a se explicar por ofensas contra Marielle Franco

REPRODUÇÃO/YOUTUBE

Foto de Rafael Ilha durante entrevista a podcast

Rafael Ilha em entrevista ao podcast Inteligência LTDA: falas sobre Marielle Franco em xeque

DANIEL FARAD

vilela@noticiasdatv.com

Publicado em 23/2/2023 - 21h46

Rafael Ilha será ouvido pela Justiça por ofensas à memória de Marielle Franco (1978-2018), vereadora do Rio de Janeiro assassinada em uma emboscada em março de 2018. A família da parlamentar move um processo contra o ex-Polegar por ter insinuado em entrevista a um podcast que ela tinha envolvimento no crime organizado.

A 37ª Vara Cível do Rio de Janeiro determinou que o músico será ouvido por carta precatória. Ou seja, o juiz do caso indicará um colega para ouvir o artista em outra comarca --a de São Paulo, em que o campeão de A Fazenda 10 (2020) atualmente mora com a mulher, Aline Khez. A informação é do colunista Ancelmo Góis, de O Globo.

Ilha disse durante o podcast Inteligência LTDA que "Marielle era envolvida com o crime, casada com traficante". A ativista, na verdade, era casada com a vereadora Mônica Benício (PSOL-RJ) na época em que foi assassinada ao lado do motorista Anderson Gomes.

"Ela foi eleita pela favela, pelo crime organizado. O crime organizado falou para votarem nela", acusou o cantor, que não apresentou provas.

A Justiça já havia pedido a retirada da entrevista das redes sociais e do Youtube, conforme decisão do juiz Sandro Lúcio Barbosa Pitassi. O Google também foi obrigado a guardar o conteúdo e todas as URLS do vídeo até o fim do processo.

Se condenado, Rafael pode pagar até R$ 100 mil por danos morais em caráter punitivo. O processo é movido pelos pais de Marielle e também pela irmã, Anielle Franco --atual ministra da Igualdade Social no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Morte de Gugu

Rafael Ilha também já foi questionado sobre declarações acerca da morte de Gugu Liberato (1959-2019) em outra entrevista ao podcast. Ele negou ter sido processado pela família do apresentador. O cantor disse que também não deve nenhum pedido de desculpas aos familiares do comunicador, pois não ofendeu ninguém. "É um direito ter a minha liberdade de expressão", disse.

O ex-Polegar falou sobre o assunto em entrevista ao quadro A Hora da Venenosa, no Balanço Geral, da Record. Durante uma conversa com a jornalista Fabíola Reipert, ele disse ter recebido uma notificação extrajudicial por fazer comentários sobre a causa da morte de Gugu.

"Tem um monte de notas dizendo que eu estou sendo processado pela família Liberato, isso é uma grande mentira. Eu recebi uma notificação extrajudicial por parte da Aparecida Liberato. Eu achei estranha essa preocupação a respeito do que eu estava falando, não era só eu que estava falando", iniciou.

Eles não me ameaçaram [falando sobre processo]. Primeiro porque não tem por que ter processo, eu simplesmente falei que eu não acredito. Eu não acredito que o Gugu ia pegar uma caixa de ferramentas e consertar um sistema de condicionamento de ar. É um direito meu [falar isso].

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