Menu
Pesquisar

Buscar

Facebook
X
Instagram
Youtube
TikTok

SEM LIBERDADE

Justiça nega habeas corpus para libertar José Dumont após prisão por pedofilia

DIVULGAÇÃO/GLOBO

José Dumont em cena na novela Velho Chico

José Dumont: ator preso tem pedido de habeas corpus negado pela Justiça do Rio de Janeiro

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 22/9/2022 - 13h48

A Justiça do Rio de Janeiro negou um pedido de habeas corpus pedido pelo ator José Dumont, preso na semana passada por armazenar conteúdo de pornografia infantil e por suposto envolvimento com um menino de 12 anos. A defesa do intérprete desejava que ele pudesse responder em liberdade após o pagamento de uma fiança de R$ 40 mil. Após a negativa da Justiça, os advogados de Dumont já recorreram da decisão. 

O Notícias da TV teve acesso aos autos que pediram o relaxamento da prisão temporária e que foi negado no último domingo (18) pelo juiz de plantão da Justiça fluminense. Eles se baseiam em dois argumentos. O primeiro deles é a relação próxima de cumplicidade de José Dumont com a vítima de 12 anos e que tudo estaria sendo mal interpretado pelos investigadores. 

A defesa aponta que Dumont era uma espécie de padrinho da criança e que conhecia toda a família dele. Os advogados dizem que ele compadeceu da situação de vida difícil do garoto e tentou ajudá-lo da melhor forma possível. Isso é uma tentativa de explicação ao fato de o ator ter pagado R$ 1 mil para o jovem antes de abusá-lo, segundo comprovante encontrado pela polícia na operação que o prendeu. 

"O agravado possui muito carinho pela criança e se considera padrinho da mesma, razão pela qual passou a ajudar a família com presentes, roupas e dinheiro. Ele chegou a frequentar a casa da criança e conheceu a sua família, o que mostra que jamais houve problemas de reação entre todos", fala a defesa no documento. 

Outro ponto alegado pelos advogados que defendem José Dumont é o fato de ele ter colaborado com as investigações ao não resistir à prisão, ter feito tudo que lhe pediram e ter entregado seus pertences imediatamente. O ator também não tinha ficha criminal e era réu primário. 

No entanto, José Dumont já era investigado por pedofilia na Paraíba desde 2013, segundo o Ministério Público local. Ao Notícias da TV, a promotoria do MP afirmou na semana passada que retomou as investigações após a prisão de Dumont no Rio de Janeiro. 

O pedido de habeas corpus foi negado integralmente pela Justiça, mas a defesa de José Dumont já recorreu da decisão, que agora está nas mãos dos juízes da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em caráter de urgência. O pedido é de revogação da prisão preventiva ou que se conceda a liberdade provisória mediante pagamento de fiança pré-estipulada de R$ 40 mil. 

O Notícias da TV entrou em contato com a defesa de José Dumont, que preferiu não se pronunciar. 

Prisão de José Dumont

O ator foi preso sob a suspeita de ter cometido estupro de vulnerável e pedofilia. Segundo as informações obtidas pelo Notícias da TV e confirmadas pela polícia, a prisão ocorreu em uma ação da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima.

O artista é investigado por ter supostamente mantido um relacionamento com um fã de 12 anos, ao qual teria oferecido ajuda financeira. A partir deste envolvimento, ele teria iniciado uma troca de beijos e carícias íntimas com o adolescente.

A aproximação teria sido registrada por câmeras de segurança. As imagens foram usadas como base para a abertura da investigação policial. Assim, os oficiais cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa de Dumont.

De acordo com a polícia, durante a operação, foram encontradas imagens e vídeos de sexo envolvendo crianças, o que motivou a prisão em flagrante de Dumont. Por causa da prisão, ele foi demitido da Globo, onde faria a novela Todas as Flores, que estreia em outubro no Globoplay. 


Mais lidas


Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.